Varig pede autorização para vender VarigLog para fundo ameri

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Marcelo Areias
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Varig pede autorização para vender VarigLog para fundo ameri

Mensagem por Marcelo Areias »

Varig pede autorização para vender VarigLog para fundo americano
FABIANA FUTEMA
da Folha Online

A Varig pediu hoje autorização ao juiz Alexander Macedo, da 8ª Vara Empresarial do Rio, para vender a VarigLog (carga) para um fundo norte-americano. A resposta do juiz deverá ser dada nos próximos dias. A empresa recorreu no final de junho à nova Lei de Falências e conseguiu entrar em processo de recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata.

O controle da empresa aérea de cargas da Varig deve ser vendido para o fundo de private equity americano Matlin Patterson. A lei limita a participação de estrangeiros no no capital de empresas aéreas, a 20%

O advogado Fabiano Robalinho, do escritório de Sérgio Bermudes, que defende a Varig, diz que o negócio com Matlin Patterson poderá representar um aporte de US$ 88 milhões na companhia aérea. Esse seria o valor da oferta feito pelo fundo pela VarigLog.

Segundo Robalinho, o montante pode chegar a US$ 103 milhões --pois prevê a opção de um desconto adicional de recebíveis.

Na petição protocolada hoje, a Varig também pede autorização judicial para exercer a opção de desconto de recebíveis.
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Marcelo Areias
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Mensagem por Kleber »

O presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, confirmou hoje que a empresa pretende vender a VarigLog (cargas) para o fundo de investimento norte-americano Matlin Patterson Global Advisers. A operação deve resultar numa injeção de recursos na companhia aérea de US$ 48 milhões até o fim do mês --se a venda for aprovada.

Esses US$ 48 milhões referem-se à operação de venda da VarigLog --por US$ 38 milhões-- e mais um empréstimo inicial de US$ 10 milhões --resultado de uma transação de antecipação de recebíveis e da garantia de venda da VarigLog. No entanto, o empréstimo pode chegar a US$ 65 milhões (US$ 10 milhões à vista, US$ 40 milhões após 30 dias e US$ 15 milhões no futuro).

O preço de venda da VarigLog é inferior ao seu valor de avaliação: US$ 100 milhões. A companhia explicou que isso se deve à dedução dos passivos, de US$ 60 milhões. Com isso, o valor de venda cairia para US$ 40 milhões. Como a Varig quer vender 95% da VarigLog e ficar com 5%, o valor de venda caiu para US$ 38 milhões.

No entanto, a reportagem apurou que esse valor é muito inferior ao avaliado por estudo encomendado pela FRB (Fundação Ruben Berta), que detém 87% das ações da Varig. Esses estudos avaliariam a VarigLog em US$ 300 milhões.

A venda da VarigLog ainda deverá ser autorizada pela Justiça. A empresa pediu ontem autorização na 8ª Vara Empresarial para vender a VarigLog. O juiz determinou a manifestação do administrador judicial e dos credores, num prazo de 24 horas sobre a proposta apresentada.

Para driblar o limite de 20% da participação de empresas estrangeiras em companhias de aviação, o fundo de equity criou uma subsidiária no Brasil denominada Velo. No entanto, ainda não há definição sobre o percentual que ficará com o fundo e com a subsidiária.

Operação casada

A maior vantagem que a Varig terá com a venda da VarigLog será o empréstimo que será concedido pela Matlin Patterson, de US$ 50 milhões. Esse empréstimo é resultado de uma operação de antecipação de recebíveis referente às vendas de passagens feitas com o cartão Varig Visa.

Pelo acordo, a Varig deve receber do fundo US$ 50 milhões em adiantamento de recebíveis do cartão. Assim que o juiz autorizar a venda da subsidiária, a empresa receberá US$ 10 milhões referentes ao adiantamento de recebíveis. Decorridos mais 30 dias, a Varig receberá uma segunda parcela de US$ 40 milhões. A soma desses US$ 50 milhões com US$ 38 milhões resulta na injeção de US$ 88 milhões.

O presidente da empresa disse que poderá haver uma outra operação de recebíveis no valor de US$ 15 milhões no futuro. Com isso, a injeção total de recursos na companhia subiria para US$ 103 milhões.

Valor

Questionado sobre os rumores de que o valor estimado de US$ 100 milhões para a subsidiária seria inferior ao previsto por representantes da Fundação Ruben Berta, em torno de US$ 300 milhões. Carneiro da Cunha afirmou que desconhecia qualquer tipo de reclamação.

"Não sei que Fundação [exige um valor maior], a que eu converso nunca me disse que a VarigLog vale US$ 300 milhões. Escutamos empresas do mercado e tivemos uma proposta dentro do timing que precisamos. A Varig fez o melhor negócio que poderia fazer dentro da sua limitação de prazo", disse.

Segundo o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Ruben Berta, Osvaldo Curi, o processo de avaliação da VarigLog ainda se encontra em andamento. "Temos que aguardar os resultados da avaliação da Ernest & Young, que foi contratada em conjunto pela Fundação e pelo Conselho de Administração da Varig", disse.

Dentro de 15 dias, os acionistas decidirão em assembléia se aprovam ou não a venda da subsidiária. Segundo Curi, os trabalhos estarão concluídos antes disso.

Abs

Kleber
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