Problemas operacionais no aeroporto de Mbanza Congo

[AeroEntusiasta]

09-08-2011 12:57

TAAG aguarda notificação do Inavic para retomar voos para Mbanza Congo

Luanda – A Transportadora Aérea Angolana (Taag) aguarda pela notificação do Instituto Nacional de Aviação Civil (Inavic) sobre o estado de operacionalidade das infra-estruturas aeroportuárias das cidades do Soyo e Mbanza Congo, para retomar os voos para a província do Zaire, anunciou hoje (segunda-feira), em Luanda, o seu administrador operacional, Rui Carreira.

O responsável da Transportadora falava em entrevista à Angop, a propósito da ausência de voos da TAAG para aquelas duas localidades.

“Depois de recebermos a informação do Inavic sobre o tipo de aeronaves que podem aterrar naqueles aeroportos e outros dados adicionais, a companhia vai ajustar a sua grelha de voos e retomar as suas operações para a referida província”, disse.

Para o comandante Rui Carreira, a informação que a sua instituição possui de momento é de que as obras de reabilitação do aeroporto de Mbanza Congo foram já concluídas e está-se agora à espera de uma informação do instituto que tem a responsabilidade de fazer a inspecção da pista e certifica-la para o tipo de aeronaves que a TAAG tem.

Entretanto, disse, antes de se retomar os voos, “a empresa vai fazer uma pesquisa do mercado, a fim de definir-se as frequências de voos”.

“O problema do Soyo é que é uma localidade muito próxima de Luanda e a operação de voo para à referida localidade acarreta custos operacionais muito elevados, daí que nós só iremos ao Soyo depois de estudos bem feitos e acharmos que de facto é viável ”.

A TAAG fazia antes a rota Luanda-Soyo-Mbanza Congo e vice-versa. Depois Cabinda-Soyo, rota que o administrador afirmou estar fora de hipótese de ser retomada, perspectivando voos independentes para o Zaire.

Por sua vez, o responsável da Direcção de Aeródromos e Infra-estruturas do Inavic, Carlos David, reconfirmou que o aeroporto de Mbanza Congo, reabilitado e reinaugurado pelo ministro dos Transportes, Augusto Tomás da Silva, a cerca de quatro meses, está a operar com certas restrições por faltar ainda alguns ajustes nas infra-estruturas aeroportuárias.

No entender do interlocutor da Angop, “em função das experiências vividas no passado, é preciso acautelar certas situações, estando no momento apenas autorizadas a voar para aquele aeroporto aeronaves com 21 toneladas ou menos”, enquanto o aeródromo do Soyo continua em obras, anunciou.'

Entretanto, “assim que a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana) dar a conhecer ao Instituto da conclusão das obras, todas as empresas serão notificadas sobre o resultado da certificação dos referidos aeroportos”, pontualizou Carlos David.

A operação Luanda-Soyo-Mbanza Congo e vice-versa deixou de ser efectuada pela companhia nacional de bandeira a cerca de três anos.

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[AeroEntusiasta]

Razões técnicas inviabilizam deslocação do Boeing 737 para Mbanza Congo

Luanda – A pista do aeroporto de Mbanza Congo, na província do Zaire, carece das margens laterais de segurança aconselhadas pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), concretamente no seu anexo 14, para receber aviões do porte de um Boeing 737, incluindo os da Taag.


Essa informação foi avançada hoje, terça-feira, em Luanda, pelo administrador da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana), Diógenes Silva, explicando que neste momento, do eixo da pista até a vedação não se tem mais de 30 metros e nalgumas áreas 36/7 metros de distância, o que penaliza o que está prescrito.


“Em situação normal deveríamos ter pelo menos 150 metros de distância, situação agravada pelo facto de logo depois da vedação existirem várias residências”, enfatizou.


Segundo disse, é do conhecimento das pessoas que um Boeing 737-200 pode operar numa pista de 30 metros de largura, que ela tem estrutura suficiente para receber esse tipo aeronave, mas há uma série de outras nuances que devem ser respeitadas e tidas em conta para uma operação de voo segura.


Em princípio, elucidou, as operações de voos no aeroporto de Mbanza Congo, na maior parte do ano, faz-se em condições meteorológicas adversas (persistência de neblinas e nevoeiros).


“Mesmo em condições de voo visual, sem necessidade de instrumentos para os procedimentos de aproximação e para a saída do aeroporto, tínhamos que ter margens superiores às que temos hoje”, disse.


O administrador da Enana reconheceu os anseios da população local, pois gerou-se a expectativa de que com a intervenção que se fez na pista, tendo agora de 1930 metros de longitude e 30 de largura, estavam criadas as condições para a operação novamente de um avião com a categoria do Boeing 737-200 da Taag, o que não é verdade.


No entender da Enana, sublinhou a fonte, não se deve continuar a insistir no erro.


“O Boeing 737 da Taag pode operar, mas desde que tudo corra bem. Um despiste, em função da velocidade que o avião leva quando se faz a pista pode vir a ser catastrófico uma vez mais”, afirmou.


Diógenes Silva fez saber que as condições operacionais que neste momento vigoram impõem que o avião crítico no aeroporto em referência seja de menos de 21 toneladas, mas está-se a estudar se é possível, e depois o Inavic poderá homologar tudo isso, aumentar-se a “criticidade” do avião para aquela pista.


“Estamos a tentar ver se podemos aumentar a capacidade de recepção de aviões um pouco mais pesados, mas dentro daquilo que ditam as normas e práticas recomendadas pela ICAO”, reafirmou.


Na mesma senda, disse que do ponto de vista custo/benefício a Enana acha que não seria mais viável intervir nessa pista, a não ser que houvesse capacidade para retirar-se toda aquela população que vive hoje ao redor do aeroporto e naturalmente aumentar-se a sua capacidade operacional, alargando as suas zonas de servidão.


Por esse facto, enfatizou, a Enana informa ao Inavic que condições estão disponíveis para operação de voos, que geometria de pista o aeroporto tem, que equipamentos tem e, em função disso, a instância reguladora emite uma nota que estabelece que tipo de tráfego pode operar para um determinado aeroporto.


“Nós somos apenas provedores de serviços e a gente diz qual a capacidade e que condições técnicas e operacionais determinado aeroporto tem para receber tráfego”, concluiu.

Neste momento apenas uma companhia privada voa para a cidade de Mbanza Congo, com aviões de médio e pequeno porte.

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[schroeder]

... esses senhores so estão a falar balelas pois o aeroporto do Soyo tem passageiros a dar aos montes faltam-lhes voos .... e tambem estruturas pois sequer se tem um quarto de banho decente , o que existe é feito de madeira . O grupamento de soldados do fogo estao a trabalhar dentro de barracas ha cerca de dois anos e nada foi feito ate agora ...

antigamente tinhamos cachorros na pista .... muitos cachorros .... hoje eles nao estao mais ... agora temos pessoas a cruzar a pista de descolagem ....

o aeroporto de mabaza kongo não serve nem para pousar andorinhas quanto mais aeronaves de pequenos porte que seja , o que dira de um 737 ....

esses senhores precisam se instruir mais para poder falar melhor ....

[agostinho]

... esses senhores so estão a falar balelas pois o aeroporto do Soyo tem passageiros a dar aos montes faltam-lhes voos .... e tambem estruturas pois sequer se tem um quarto de banho decente , o que existe é feito de madeira . O grupamento de soldados do fogo estao a trabalhar dentro de barracas ha cerca de dois anos e nada foi feito ate agora ...

antigamente tinhamos cachorros na pista .... muitos cachorros .... hoje eles nao estao mais ... agora temos pessoas a cruzar a pista de descolagem ....

o aeroporto de mabaza kongo não serve nem para pousar andorinhas quanto mais aeronaves de pequenos porte que seja , o que dira de um 737 ....

esses senhores precisam se instruir mais para poder falar melhor ....

Eu conheço mto bem as dificuldades de Luanda e de Angola no geral, sei tb que nem sempre "para não dizer nunca" se cumpre com os prazos das obras e falando própriamente da aviação, é o que todos sabemos. mas, será que tudo que dizem é mentira? Que eles não estão a fazer esforço nenhum para melhorar as condições aeroportuárias e aeronáuticas? Que tdo continua na mesma? ou será que para nós ou é tdo ou é nada?

Faço estas perguntas porque sei muito bem que um país como o meu que saiu de uma longa guerra, com a corrupção alarmante que tem, o espírito de deixa andar e outros motivos mais não são abonatórios para um desenvolvimento rápido, mas acho tb que embora não sejamos europa ou mesmo Brasil em certos casos com possibilidades de poderem resolver estas questões em curto prazo de tempo, admitamos que não seja uma tarefa fácil, principalmente para quem está a recomeçar do zero. Não será que precisamos ter um pouco de paciência?

[Clipper202]

Caro Agostinho,

Angola nao tem cobertura radar, aeroportos das provincias e suas infraestructuras estao em condicoes lamentaveis, pistas com iluminacao contam-se com os dedos das maos, radio ajudas e aeroportos com aproximacao por instrumentos quase sao inexistentes (por falar em alguns casos) tudo isto contribui enormemente para diminuir a seguranca de voo. Acho que nao podemos ter ou pedir MAIS PACIENCIA quando estas condicoes BASICAS para uma aviacao mais segura estao a faltar. Nao quero ofender e por favor nao me leve a mal...mais se algum dia algum amigo ou familiar seu sofrer um accidente ou incidente de aviacao (queira Deus que isto nunca aconteca) por algumas das condicoes mencionadas anteriormente acho que o senhor nesse momento nao vai estar a pedir ter mais paciencia mais sim vai estar a exigir e perguntar porque e que antes nao se fez o que teria evitado tal accidente (especialmente quando o senhor sabe que os recursos Angola tem)

[agostinho]

Eu vos entendo mto bem caros foristas, nem mesmo de forma nenhuma levo a mal com as declarações de Schroeder, simplesmente pensei que a situação não estivesse assim tão grave visto ler todos os dias notícias de melhorias por parte do portal angop. No fundo eles só escrevem o que lhes mandam. É uma pena. Não te preocupes caro Chileno com o exemplo que deste, é algo que pode acontecer, principalmente qdo não se faz nada ou pouco para evitar tais situações. Basta ver como vai o tráfego rodoviário em Angola para imaginar o resto.

[schroeder]

Caro Agostinho,

Angola nao tem cobertura radar, aeroportos das provincias e suas infraestructuras estao em condicoes lamentaveis, pistas com iluminacao contam-se com os dedos das maos, radio ajudas e aeroportos com aproximacao por instrumentos quase sao inexistentes (por falar em alguns casos) tudo isto contribui enormemente para diminuir a seguranca de voo. Acho que nao podemos ter ou pedir MAIS PACIENCIA quando estas condicoes BASICAS para uma aviacao mais segura estao a faltar. Nao quero ofender e por favor nao me leve a mal...mais se algum dia algum amigo ou familiar seu sofrer um accidente ou incidente de aviacao (queira Deus que isto nunca aconteca) por algumas das condicoes mencionadas anteriormente acho que o senhor nesse momento nao vai estar a pedir ter mais paciencia mais sim vai estar a exigir e perguntar porque e que antes nao se fez o que teria evitado tal accidente (especialmente quando o senhor sabe que os recursos Angola tem)

faço minha as suas palavras .... muito bem dito

[AeroEntusiasta]

Cidade de Mbanza Congo poderá contar com um novo aeroporto

Angop

Logotipo da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana)
Luanda – A cidade de Mbanza Congo, na província do Zaire, poderá contar nos próximos anos com um novo aeroporto, em razão das limitações técnicas apresentadas pelo actual, revelou hoje, em Luanda, o administrador para área técnica da Enana, Diógenes Silva.


De acordo com a fonte, em entrevista à Angop, o aeroporto de Mbanza Congo carece de margens laterais de segurança aconselhadas pela Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), concretamente no seu anexo 14, para receber aviões do porte de um Boeing 737, pelo que se pensa na construção de outro.


O administrador da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana) explicou que neste momento, do eixo da pista até a vedação, não se tem mais de 30 metros e nalgumas áreas 36/7 metros de distância, o que penaliza o que está prescrito.


Explicou que em situação normal a distância deveria ser de, pelo menos, 150 metros, situação agravada pelo facto de logo depois da vedação existirem várias residências.


“O aeroporto está penalizado, tanto é que essa informação depois de prestada à direcção do Ministério dos Transportes inseriu-se no Programa de Investimentos Públicos (PIP) uma rubrica para estudos e levantamentos que possibilitarão a construção de um novo aeroporto na cidade de Mbanza Congo, que é um processo que já está em curso”, avançou.


Provavelmente na próxima semana, adiantou, vai se fazer a reconfirmação de um local que deverá reunir as condições apropriadas para a construção de um novo aeroporto.


“É preciso ter-se em conta uma série de aspectos como a questão dos ventos, aspectos geotécnicos e topográficos e esses estudos em princípio deverão começar na próxima semana”, sustentou.


Concluiu que a Enana pretende garantir uma operação aérea mais segura para a cidade de Mbanza Congo, tanto para as aeronaves e seus passageiros, como para a população local.

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