Mais rigor na liberação de aeronaves particulares

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Mais rigor na liberação de aeronaves particulares

Negligência com decolagem de pilotos empresários é comum, segundo investigadores

Rio - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai mudar as regras para autorização de voos particulares. A investigação sobre o acidente de helicóptero que matou sete pessoas em Porto Seguro, Bahia, revelou que há negligência na liberação de aeronaves de empresários, como ocorreu na sexta-feira à noite. A licença do piloto, o empresário Marcelo Mattoso de Almeida, estava vencida há 6 anos. Foi resgatado ontem o corpo da última vítima que faltava ser encontrada: Jordana Kfuri Cavendish, mulher do dono da Delta.

Nesses 6 anos, não consta, oficialmente, nenhum voo em que Marcelo aparecesse como piloto. No relatório do trajeto do helicóptero — que decolou de Porto Seguro rumo ao Jacumã Ocean Resort — aparece o registro de um de seus empregados, o piloto Felipe Calvino Gomes, cuja licença para voar está em dia.

Os investigadores já sabem que o mau tempo não influiu na queda. Outros voos foram liberados naquele noite. A principal suspeita é de imperícia de quem pilotava. Está quase descartada a possibilidade de pane mecânica: a aeronave era nova, estava em perfeitas condições e com a documentação em dia.

O corpo de Jordana apareceu na praia de Pitangueiras, a 20km do local do acidente e foi reconhecido por tatuagem e roupas. Ela e Marcelo serão cremados hoje no Memorial do Carmo, no Caju. Eles chegaram às 20h no Rio, em avião da Força Aérea Brasileira.

Nos EUA, festa em mansão

Marcelo Mattoso de Almeida era conhecido por promover eventos glamourosos. Ex-doleiro que viveu muitos anos em Miami, ele costumava fazer festas cinematográficas na mansão que alugou na cidade americana.

Em Angra dos Reis, um outro imóvel seu teve problema com a Polícia Federal por causa de ocupação irregular. No processo que tramita na 1ª Vara Federal da cidade da Costa Verde, consta que ele era investigado pela construção de propriedade em área de preservação.

Jatinho com Cabral sem registro de chegada

Desde a tragédia em Porto Seguro um mistério ronda funcionários do setor de controle aéreo do Aeroporto da cidade: o horário de chegada da aeronave PR-AVX que levou o governador Sergio Cabral, seu filho Marco Antonio e amigos para o município.

No relatório da sala de Serviço de Informações de Tráfego do aeroporto baiano, consta que o jatinho do empresário Eike Batista — que levou o grupo —, deixou a cidade no sábado, às 6h45. No entanto, a informação do setor é que não há dados sobre a chegada da aeronave lá.

Segundo assessoria do Palácio Guanabara, Sergio Cabral partiu do Rio às 17h de sexta-feira.

Eike Batista: “Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso”

O empresário Eike Batista rebateu ontem as acusações de favorecimento que receberia de Sérgio Cabral. O governador viajou para Porto Seguro num jato emprestado por Eike.

O investidor afirma que não tem contrato de prestação de serviços com o governo e nem recebe pagamentos do Estado. Mas deixou de dizer que é beneficiado com concessão de licenças ambientais para seus empreendimentos, como o Complexo do Porto do Açu, em São João da Barra.

“Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador. Sou livre para selecionar minhas amizades, contribuir para campanhas políticas, apoiar a implantação das UPPs. Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso!", disse Eike.

Colaboraram Leslie Leitão e João Antônio Barros

[Gustavo Martins]

É fácil resolver esse problema. Implantem de uma vez por todas o plano de voo pela internet ( c/ login e senha + eToken USB ) ou pelo telefone mesmo, porém com login e senha c/ algum dispositivo adicional de segurança.
Hoje com o acesso à internet ( aisweb.aer.mil.br + redemet ), é cada vez menor a presença de pilotos na AIS. Notificação e Plano por fonia ou telefone s/ senha realmente é muito vunerável. A pilotaiada da pá virada deita e rola mesmo....