HISTÓRIA: 73º Aniversário da fundação da DTA ANGOLA

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HISTÓRIA: 73º Aniversário da fundação da DTA ANGOLA

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Comemora-se hoje 8 de Setembro de 2011 o 73º Aniversário da fundação da DTA - Divisão de Exploração dos Transportes Aéreos de Angola.

Corria o ano de 1937 quando o Major Joaquim de Almeida Baltazar foi encarregue pelo então Ministro das Colónias Vieira Machado de formar a primeira companhia de transportes aéreos em Angola. Foi ele o verdadeiro criador desta empresa. Chegou a Angola a pedido do então Governador-Geral General Lopes Mateus com a finalidade de formar os novos pilotos do recém-formado Aero Clube de Angola. A sua primeira missão nestas terras africanas foi levar o primeiro avião deste Aero Clube de Leopoldeville a Luanda, em parceria com o piloto Fernando Albuquerque Bossa, outro dos primeiros pilotos da futura DTA. Divisão de Exploração dos Transportes Aéreos de Angola (DTA), assim se chamou a companhia criada a 8 de Setembro de 1938, pela Portaria nº 11, do Boletim Oficial nº 36, 1ª série de 8 de Setembro do mesmo ano, que de uma forma semelhante ao já passado em Moçambique, funcionou na dependência da Administração da Direcção dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Angola. O Ministro das Colónias de então autorizou a compra de três DH-89 Dragon Rapide e dois Junkers JU-52/3m, tendo a compra destes últimos sido cancelada devido à eclosão da segunda guerra mundial. Em meados de 1939 três jovens pilotos de Angola rumaram a Hatfield (Inglaterra) onde na fábrica da De Havilland frequentaram o curso de conversão dos Dragon Rapide recém adquiridos. Eram eles Reinaldo de Barros (piloto), Francisco Branco (piloto/operador de rádio) e Pedro Gomes (piloto/mecânico), todos ex-pilotos do Aero Clube de Angola. Até à chegada dos Dragon Rapide encomendados, utilizou a DTA aviões pertencentes ao Aeroclube de Angola para iniciar os seus voos, incluindo um DH-85 Leopard Moth, que mais tarde acabou por adquirir, perdendo-o posteriormente num um acidente junto ao antigo aeroporto Emílio de Carvalho de Luanda, entretanto desaparecido. Os voos domésticos regulares iniciaram-se a 7 de Julho de 1940, utilizando os três Dragon entretanto recebidos, bem como um mono motor Klemm K1.31A. O Major Baltazar foi durante dois anos o primeiro Director Geral da DTA, sucedendo-lhe outra figura importante nos anais da aviação em Angola, o Coronel Jacinto da Silva Medina. Ponta Negra na República do Congo (então África Equatorial Francesa), foi o primeiro e único destino além fronteiras durante muitos anos, pois permitia a ligação com os voos para a Europa através da Aeromaritime francesa. Durante a 2ª guerra, a operacionalidade da companhia foi seriamente afectada devido à dificuldade em obter peças sobressalentes, tendo em 1944 sido adquiridos dois Stinson Reliants no Congo Belga para os percursos ao longo da costa de Angola, embora tenham durado pouco por dificuldades em mantê-los operacionais. Igualmente em 1945 foi necessário recorrer ao material disponível na época, tendo ingressado na frota um Beechcraft UC 43 Traveler e dois Fairchild PT-26A Cornell, fundamentalmente usados para treino de tripulações. Em 1946, terminada a guerra, foi o ano da grande expansão em termos de frota e abertura de novas rotas. Era seu Director o Comandante Henrique Uva Cansado. Três Douglas DC-3’s foram adquiridos, dos excedentes da guerra americanos e convertidos no Canadá, bem como um conjunto de cinco Beechcraft D-18S novos.No fim de 1946, possuía a DTA três Dakotas, quatro Beech D-18S, um Beech UC-43, três Dragon Rapides , dois Stinson Reliants, dois Fairchild PT-26A , um Klemm e um DH-85 Leopard Moth. Demonstração da pujança e crescimento rápido da aviação comercial nesta colónia ultramarina. Três Dakotas foram entretanto adquiridos em 1948, dois deles provenientes da CTA (Companhia de Transportes Aéreos) em extinção. A 6 de Julho de 1950 o primeiro acidente grave desta companhia com a perda do Dakota “CR-LBK” que se despenhou num voo entre o Lobito e Nova Lisboa, tendo morrido todos os seus ocupantes. De Julho de 1950 a 1954, a DTA assegurou o prolongamento do voo da TAP de Luanda a Lourenço Marques. Em Outubro de 1953 adere à IATA - Associação Internacional de Transporte Aéreo, recebe mais dois Dakotas que pertenciam a uma empresa canadiana e em finais de 1960 foram finalmente retirados do serviço os Dragon Rapide com 20 anos de excelentes serviços prestados. De entre os muitos voos que realizaram ficou célebre aquele que ligava Moçamedes à Baía dos Tigres, onde neste último destino (uma ilha na foz do rio Cunene junto à fronteira com a Namíbia) a rua principal servia de pista, a igreja de terminal de passageiros e por vezes o seu adro de hangar de refúgio ao próprio avião, para protecção contra as areias trazidas pelo vento forte de sudoeste (a garoa).Em Junho de 1961 entrou a DTA numa nova era com a encomenda de dois Fokker F-27 MK-200 Friendship que chegaram em 1962. Vinte pilotos pertenciam aos quadros da empresa nesta altura, sendo seu Director de Operações o Cte Eduardo Viegas de Almeida e piloto chefe o Cte. Fernando Casanova Pinto.Um terceiro F-27 foi recebido em 1967, o quarto em 1970, o quinto em 1971 e o sexto e sétimo em 1972. No dia 21 de Maio de 1972 perdeu a companhia o seu primeiro F-27 “CR-LLD”, num acidente à descolagem do Lobito, tendo o avião caído ao mar morrendo 20 das 23 pessoas que seguiam a bordo. Um dos únicos sobreviventes deste acidente, o copiloto Mesquita acabou por perder a vida em 1999 no acidente do ATP da SATA na ilha de S.Jorge. Em Outubro de 1973 foi a DTA reorganizada e passou a designar-se TAAG (Transportes Aéreos de Angola), nome que ainda hoje mantém, sendo o seu capital então dividido pelo governo de Angola (51%), TAP (29%) e trabalhadores (20%). Um novo logótipo foi criado e nova pintura para toda a sua frota.1974 foi o ano em que dois Boeing 737-200 foram encomendados à Boeing Aircraft Company, tendo os aviões sido recebidos durante o ano de 1975, já depois da independência de Angola. Foram-lhes atribuídas as matrículas CR-LOR e CR-LOS que não chegaram a ostentar. Mantendo o mesmo nome e curiosamente o mesmo símbolo (a Palanca), deu esta empresa origem à actual TAAG – Angola Airlines após 1975, ano da independência deste território ultramarino Português.

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