Boeing negocia aquisição da Embraer

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Re: Boeing negocia aquisição da Embraer

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Nota oficial da Boeing:
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Boeing and Embraer to Establish Strategic Aerospace Partnership to Accelerate Global Aerospace Growth

CHICAGO and SÃO PAULO, July 5, 2018 /PRNewswire/ -- Boeing (NYSE: BA) and Embraer (B3: EMBR3, NYSE: ERJ) announced they have signed a Memorandum of Understanding to establish a strategic partnership that positions both companies to accelerate growth in global aerospace markets.

The non-binding agreement proposes the formation of a joint venture comprising the commercial aircraft and services business of Embraer that would strategically align with Boeing's commercial development, production, marketing and lifecycle services operations. Under the terms of the agreement, Boeing will hold an 80 percent ownership stake in the joint venture and Embraer will own the remaining 20 percent stake.

"By forging this strategic partnership, we will be ideally positioned to generate significant value for both companies' customers, employees and shareholders – and for Brazil and the United States," said Dennis Muilenburg, Boeing's Chairman, President and Chief Executive Officer. "This important partnership clearly aligns with Boeing's long-term strategy of investing in organic growth and returning value to shareholders, complemented by strategic arrangements that enhance and accelerate our growth plans," Muilenburg said.

"The agreement with Boeing will create the most important strategic partnership in the aerospace industry, strengthening both companies' leadership in the global market," said Paulo Cesar de Souza e Silva, Embraer Chief Executive Officer and President. "The business combination with Boeing is expected to create a virtuous cycle for the Brazilian aerospace industry, increasing its sales potential, production, creating jobs and income, investments and exports, and in doing so, adding more value to customers, shareholders and employees."

The transaction values 100 percent of Embraer's commercial aircraft operations at $4.75 billion, and contemplates a value of $3.8 billion for Boeing's 80 percent ownership stake in the joint venture. The proposed partnership is expected to be accretive to Boeing's earnings per share beginning in 2020 and to generate estimated annual pre-tax cost synergies of approximately $150 million by year three.

The strategic partnership will bring together more than 150 years of combined leadership in aerospace and leverage the two companies' highly complementary commercial product lines. The partnership is a natural evolution of a long-standing history of collaboration between Boeing and Embraer over more than 20 years.

On finalization, the commercial aviation joint venture will be led by Brazil-based management, including a President and Chief Executive Officer. Boeing will have operational and management control of the new company, which will report directly to Muilenburg.

The joint venture will become one of Boeing's centers of excellence for end-to-end design, manufacturing, and support of commercial passenger aircraft, and will be fully integrated into Boeing's broader production and supply chain.

Boeing and the joint venture would be positioned to offer a comprehensive, highly complementary commercial airplane portfolio that ranges from 70 seats to more than 450 seats and freighters, offering best-in-class products and services to better serve the global customer base.

In addition, both companies will create another joint venture to promote and develop new markets and applications for defense products and services, especially the KC-390 multi-mission aircraft, based on jointly-identified opportunities.

"Joint investments in the global marketing of the KC-390, as well as a series of specific agreements in the fields of engineering, research and development and the supply chain, will enhance mutual benefits and further enhance the competitiveness of Boeing and Embraer," said Nelson Salgado, Embraer's Executive Vice President, Financial and Investor Relations.

Finalization of the financial and operational details of the strategic partnership and negotiation of definitive transaction agreements are expected to continue in the coming months. Upon execution of these agreements, the transaction would then be subject to shareholder and regulatory approvals, including approval from the Government of Brazil, as well as other customary closing conditions. Assuming the approvals are received in a timely manner, the transaction is expected to close by the end of 2019, 12-18 months after execution of the definitive agreements.

"This strategic partnership is a natural evolution of the long-standing history of collaboration between Boeing and Embraer on a range of aerospace initiatives over almost three decades," said Greg Smith, Boeing Chief Financial Officer and Executive Vice President of Enterprise Strategy & Performance. "It is aligned with Boeing's enterprise strategy of pursuing strategic investment opportunities where they demonstrate real value and accelerate our organic growth plans. This partnership will strengthen the vertical capabilities of Boeing and enhance value for our customers through the full lifecycle of industry-leading products and services."

Boeing and Embraer will benefit from a broader scale, resources and footprint, including global supply chain, sales and marketing, and services network, which will enable them to capture benefits from best-in-class efficiencies across the organizations. Additionally, the strategic partnership will provide opportunities to share best practices in manufacturing and across development programs.

The transaction will have no impact on Boeing and Embraer financial guidance for 2018 or Boeing's cash deployment strategy and commitment to returning approximately 100 percent of free cash flow to shareholders.
jambock
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Re: Boeing negocia aquisição da Embraer

Mensagem por jambock »

Meus prezados
"Chegamos a um formato que atende a todos", diz presidente da Embraer
Segundo o executivo, acordo é bastante complexo
O presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, afirmou que as negociações da fabricante com a Boeing para uma joint venture na aviação comercial foram complexas.
—Chegamos a um formato que atende a todos os interesses — afirmou, em entrevista antes da teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta quinta-feira (5).
Segundo o executivo, a Embraer será majoritária na outra joint venture que ambas estão prevendo para a área de defesa e segurança. Leia a seguir os principais trechos:

As negociações entre Boeing e Embraer foram oficialmente anunciadas em dezembro. Por que o anúncio do acerto demorou todo esse tempo?
Esse é um acordo bastante complexo. E, uma vez que o governo brasileiro é detentor de uma golden share (ação especial que dá poder de veto em algumas negociações), ele tinha uma opinião bastante forte de que a Embraer deveria garantir a independência do setor de defesa. Queria que esse setor fosse sustentável, e que a Embraer no Brasil continuasse a ter independência nessa área, tendo a gestão e o domínio completo da engenharia e do desenvolvimento de novos programas no futuro. Por isso, passamos a trabalhar em algumas alternativas, e aí é realmente mais complexo. Até que chegamos a um formato que entendemos atender a todas as partes: ao governo brasileiro, à Embraer, à Boeing, aos nossos acionistas.
Mas tinha algum ponto específico travando o acordo?
Não tinha um ponto específico. É que, à medida que você vai dividir uma empresa que tem uma aviação comercial, uma área de defesa e uma aviação executiva, quando você faz a separação, você automaticamente entra na necessidade de se ter acordos operacionais entre essas empresas. Existem fábricas, existe a engenharia, a cadeia de fornecedores. Então, era necessário que nós costurássemos os acordos operacionais. E esses acordos são complexos. Não são feitos de uma hora pra outra, são muitos detalhes. E isso é que realmente levou mais tempo.
O comunicado diz que será criada uma outra joint venture para a área de defesa, e essa era exatamente a área em que havia mais empecilhos por parte do governo.
Como vai funcionar esse acordo, especificamente?
Esse é um ponto muito importante. Essa joint venture vai dar possibilidade de a Embraer S/A (a empresa que vai ficar com as áreas de defesa e de aviação executiva) ter um crescimento bastante forte. Essa joint venture vai ser criada com a Boeing, mas a Embraer será majoritária. Não sabemos ainda o porcentual, mas a Embraer será majoritária. Os resultados dessa nova empresa serão consolidados no balanço da Embraer S/A. A joint venture será destinada a explorar oportunidades no setor de defesa, especialmente a venda do (cargueiro) KC-390, por meio da rede da Boeing. A Boeing tem uma área de defesa que representa aproximadamente um terço das suas receitas, ou cerca de US$ 28 bilhões, com muitos clientes. A joint venture dará a possibilidade de a Embraer ter acesso a esses mercados, o que, sem a Boeing, seria extremamente difícil. Com a Boeing, nós temos uma possibilidade muito grande. A Boeing entende que o KC-390 é um avião muito eficiente, que pode ter um sucesso muito grande, que há uma demanda muito importante no mundo para esse avião. Então, para a Embraer S/A isso é ótimo, porque vai significar mais exportação, mais empregos e mais vendas.
É uma parceria só na área comercial, ou também vai englobar desenvolvimento de produtos?
Comercial. Evidentemente que, dependendo do país, vai ser necessária uma certa customização do avião, e aí quem vai fazer a customização será a joint venture. Mas isso já é um detalhe que faz parte de uma discussão que ainda será feita para detalhar exatamente como a joint venture vai funcionar. Hoje, a decisão é que a joint venture vai existir e que o fundamento será esse que eu disse.
O governo teria condicionado a aprovação do acordo à manutenção dos empregos. Como ficou essa questão? Como foram as negociações?
Nós estamos em contato com o governo, através do grupo técnico, desde janeiro, com reuniões periódicas, até que chegamos a este formato. Agora nós vamos fazer as negociações finais dos documentos com a Boeing, e esse é um processo que vai levar talvez uns três ou quatro meses. Aí, uma vez que os documentos estiverem na sua forma final, nós vamos submetê-los à aprovação final do governo brasileiro, por conta da golden share. Esse é o processo normal. Em relação aos empregos, o que estamos antevendo aqui é um aumento das contratações, uma vez que a aviação comercial vai estar mais inserida na cadeia global da Boeing. Ou seja, Embraer e Boeing formam o grupo aeroespacial mais importante do mundo, com uma possibilidade de oferecer às empresas aéreas jatos de 76 a 450 assentos. A Boeing tem um interesse muito grande nos nossos aviões, ela vê uma demanda bastante grande, e portanto, naturalmente, o que deve acontecer são vendas maiores, mais exportações e maior geração de empregos.
Mas foi indicado nos contratos que os empregos seriam mantidos, assim como as fábricas?
Tudo ficará exatamente como é hoje, não muda nada.
A Embraer S/A continuará na Bolsa de Valores?
Exatamente. O que vamos fazer é a separação dos ativos de aviação comercial que estão na Embraer S/A hoje. Vamos pegar esses ativos, separar e colocar numa nova empresa. A Embraer S/A continua uma empresa de capital aberto, igual a hoje, listada nos Estados Unidos e aqui na B3, com os negócios de aviação executiva e defesa. E terá investimento de 20% na nova empresa de aviação comercial criada com a Boeing. Essa terá capital fechado.
E como fica a questão da marca Embraer na nova empresa?
Isso ainda não está definido. Vai ser na próxima fase das negociações.
Fonte: GaúchaZH 5 JUL 2018
Boeing compra Embraer e leva inteligência e defesa no pacote
Negócio com gigante americana surpreende ao incluir participação minoritária em empresa dedicada à defesa, setor que costuma ser protegido mesmo em países com economia muito aberta
O anúncio do acordo entre a gigante americana Boeing e a brasileira Embraer ainda provoca muita confusão no mercado. Além da avaliação da empresa, de US$ 3,8 bilhões (quase R$ 15 bilhões pelo câmbio atual), ter sido considerada baixa, houve grande surpresa com o fato de a área de defesa também ter entrado no negócio. Todos os analistas, e até os primeiros relatos oficiais davam conta de que a criação de uma nova companhia, controlada em 80% pela Boeing e participação de 20% da Embraer, seria focada apenas em aviação comercial.

No entanto, no final da manhã desta quinta-feira (6), ficou claro que também haverá associação na produção de aeronaves dedicadas à defesa, com relação de participação inversa (Embraer 80%, Boeing 20%). Além de o segmento de defesa ser habitualmente alvo de pesadas proteções a presença estrangeira, por ser estratégico, as primeiras reações do governo Temer sobre a negociação mostravam consciência do que estava em jogo.
Além de ser uma rara empresa brasileira com forte inserção no mercado global, a Embraer é uma das companhias mais inovadoras do Brasil. Pouco antes da venda, foi divulgado o resultado do Anuário Inovação Brasil, ranking elaborado pelo jornal Valor Econômico e pela consultoria Strategy&, subsidiária da PwC.
A Embraer foi vencedora pelo terceiro ano consecutivo, resultado de sua aposta em geração de inteligência no negócio. Cerca de metade de toda sua receita atual é gerada por produtos e serviços criados nos últimos cinco anos. Todo esse conhecimento e essa forma rápida de evoluir passam para a nova gigante, controlada pela Boeing. As ações da Embraer despencam mais de 14% na bolsa neste início de tarde de quinta-feira (5). De todas as vendas de empresas com algum tipo de incidência estatal (a União tem golden share, que permite bloquear decisões estratégicas), essa era a menos necessária e urgente.
Fonte: Marta Sfredo para Gaúcha ZH 5 JUL 2018
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambockrs@gmail.com

Na aviação, só a perfeição é aceitável
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