Depois da Ryanair, é a Monarch quem parece estar em apuros

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Depois da Ryanair, é a Monarch quem parece estar em apuros

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Depois da Ryanair, é a Monarch quem parece estar em apuros

A companhia aérea lowcost britânica quadruplicou os preços dos voos porque está com receio de perder a sua licença.

As coisas não têm estado fáceis para as companhias aéreas lowcost. Depois dos sucessivos cancelamentos de voos da Ryanair, e das consequências que isso ainda poderá trazer, agora é a britânica Monarch que parece estar com problemas sérios.

A empresa quadruplicou os preços de vários voos durante a madrugada deste domingo, 1 de outubro. O objetivo, diz o “Independent”, que fez as contas em várias viagens dentro da Europa, é desencorajar as pessoas a comprarem bilhetes de avião.

E porque é que uma empresa haveria de querer ter poucos clientes? Isso pode ser explicado pela decisão da Autoridade da Aviação Civil britânica, que não renovou — como é habitual — a Air Travel Organiser’s Licence (ATOL), uma espécie de seguro para os passageiros com pacotes de viagens que cobre os seus custos se algo correr mal.

Em vez disso, foi feita uma renovação temporária de 24 horas, que termina esta segunda-feira, 2 de outubro. A Monarch pode querer desencorajar as pessoas a comprar viagens para não ter de reembolsar estes clientes, que já não estariam protegidos pelo ATOL e por isso não poderiam voar. Se a licença for mesmo removida, a Monarch pode continuar a operar, mas apenas com voos de ida.

O que isto indica é que o regulador da aviação no Reino Unido tem sérias dúvidas quanto ao estado financeiro da companhia lowcost — o que também faz com que vários potenciais passageiros tenham dúvidas se devem ou não marcar as viagens que pretendem pela Monarch. O que põe em causa toda a existência da empresa.

Várias dezenas de milhares de pessoas estão a viajar pela Europa através da Monarch. Todos os que tiverem o ATOL incluído dos pacotes de viagens têm proteção financeira, mas quem só marcou voos de ida está numa situação incerta.

https://nit.pt/out-of-town/viagens/da-r ... tar-apuros
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Falência da Monarch deixa mais de 100 mil passageiros no exterior

Quinta maior companhia aérea do Reino Unido deixa de operar e cancela centenas de milhares de voos. Turistas são levados de volta para casa em aviões fretados, na maior repatriação em tempos de paz da história do país.A companhia aérea britânica Monarch, a quinta maior do país, declarou falência nesta segunda-feira (02/10), cancelando centenas de milhares de voos e deixando 110 mil passageiros no exterior.

A empresa pediu aos clientes com voos marcados para os próximos dias que não se dirijam aos aeroportos britânicos, porque todos os voos partindo do país foram suspensos.


"Não haverá mais voos da Monarch. Essa página não será mais monitorada", diz a postagem no Twitter. Ao todo, 860 mil passageiros foram afetados, incluindo aqueles com reservas futuras.

A Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA, na sigla em inglês) fretou 30 aeronaves para transportar os turistas no exterior de volta para casa, sem custos adicionais aos clientes. Os primeiros aviões partiram de Ibiza, na Espanha, com destino a Londres e Birmingham, mas também há passageiros na Turquia e na Suécia, informaram as autoridades.

"Esta é uma situação extremamente angustiante para os turistas britânicos no exterior, e minha prioridade é ajudá-los a voltar para casa", disse o secretário de Transportes britânico, Chris Grayling. Ele descreveu os esforços como "a maior repatriação em tempos de paz" da história do país.

"Sinto muitíssimo que tenha terminado assim", disse o CEO da companhia, Andrew Swaffield, em mensagem a seus funcionários. "Sinto muito que milhares agora tenham que lidar com sua viagem cancelada, possíveis atrasos na volta para casa e inconvenientes como resultado de nosso fracasso."

A KPMG, administradora do grupo, informou que 1.858 funcionários da Monarch - de um total de 2.100 - foram desligados. "Como a companhia já não é mais capaz de voar, foi necessário um número significativo de demissões", disse a sociedade em nota.

Fundada nos anos 1960, a Monarch era popular entre os turistas britânicos por seus voos destinados a balneários do sul da Europa. Nos últimos tempos, no entanto, vinha enfrentando fortes dificuldades financeiras, principalmente após o surgimento de companhias de baixo custo como Ryanair e EasyJet, que oferecem os mesmos destinos.

Segundo a companhia aérea britânica, a situação financeira da empresa se agravou com os recentes ataques terroristas no Egito e na Tunísia e com a queda do turismo na Turquia, impulsionada pelos mesmos motivos.

Em outubro do ano passado, a empresa recebeu financiamento de seu principal acionista, o fundo de investimento Greybull Capital, que injetou um total de 165 milhões de libras. Isso lhe permitiu renovar sua licença de operação por mais um ano.

À meia-noite deste domingo, no entanto, venceu o prazo para que a companhia chegasse a um acordo com as autoridades governamentais, e a CAA decidiu não renovar a licença, levando a Monarch a entrar com o pedido de falência.

Fonte: Terra
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