EUA: FBI liberta homens que violaram espaço aéreo

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Quarta, 11 de maio de 2005, 19h22 Atualizada às 20h30
EUA: FBI liberta homens que violaram espaço aéreo

AP
Funcionário desocuparam os prédios
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A Polícia Federal Americana (FBI) libertou os dois pilotos de um avião que se aproximou a menos de cinco quilômetros da Casa Branca e do Congresso nesta quarta-feira.

De acordo com informações oficiais, esta violação do espaço aéreo da capital federal americana provocou a retirada de mais de 10 mil pessoas dos prédios do Congresso e da Casa Branca. O alerta durou 17 minutos.


Os dois homens a bordo do Cessna não foram formalmente acusados pelo FBI, mas podem ser punidos pela Administração Federal da Aviação Civil (FAA), avisou Barry Maddox, porta-voz do FBI de Baltimore (Maryland) encarregado da investigação. "Investigamos e ouvimos os dois homens, e decidimos não persegui-los", declarou Maddox, sem dar mais detalhes.

Dois caças F-16 decolaram da Base Andrews, nos subúrbios de Washington e se dirigiram para interceptar o avião particular, que não respondia às ordens emitidas por rádio para se afastar da capital, acrescentou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, uma hora depois de finalizado o incidente.

Os pilotos lançaram foguetes-sinalizadores de alerta no momento em que o pequeno avião se encontrava a menos de 5km da Casa Branca. Em seguida, o Cessna mudou seu rumo e, escoltado por um helicóptero Black Hawk, se dirigiu ao aeródromo de Frederick, no subúrbio norte da cidade.

Interceptado por dois caças F-16, os ocupantes do Cessna foram escoltados por um helicóptero Black Hawk até um aeroporto de Maryland, onde a polícia os deteve.

"Dois caças F-16 da Base Andrews interceptaram o avião (...) e depois o escoltaram para fora da zona proibida", disse um porta-voz do Comando de Defesa Aérea da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês).

A violação do espaço aéreo da capital americana fez com que o dispositivo de emergência fosse efetivado. Foram acionadas sirenes no Congresso, enquanto legisladores, empregados e visitantes eram retirados. "Os agentes de segurança gritavam: 'corram, corram, corram'", disse um funcionário da Casa Branca.

Uma das testemunhas do episódio foi o presidente de El Salvador, Antonio Saca, que viajou a Washington para fazer campanha em favor da aprovação do Tratado de Livre Comércio com a América Central.

Saca e outros presidentes centro-americanos estavam no Capitólio quando foi ativado o alerta. Agora, "estou tranqüilo, graças a Deus, depois de viver este momento de muito estresse aqui em Washington", disse o chefe de Estado à rádio salvadorenha YSKL.

Durante o alerta de emergência, o presidente George W. Bush estava passeando de bicicleta num subúrbio de Washington, de acordo com a imprensa americana.

Já a esposa de Bush, Laura, e o vice-presidente Dick Cheney estavam na sede do governo americano, disse o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, que não informou se foram levados a abrigos subterrâneos ou para fora do prédio.

No entanto, nenhuma ordem de retirada foi dada no Departamento de Estado, onde a chefe da diplomacia americana, Condoleezza Rice, concedia uma entrevista ao jornalista da CNN Larry King.

Um incidente similar ocorreu em junho, durante o funeral do ex-presidente Ronald Reagan, quando o avião que transportava um governador ingressou, por engano, no espaço restrito.

O espaço aéreo de Washington é zona restrita desde os ataques de 11 de setembro de 2001, quando quatro aviões comerciais foram seqüestrados. Dois deles foram lançados contra o World Trade Center, em Nova York, o terceiro se espatifou sobre o Pentágono e o quarto caiu na Pensilvânia.

Reuters