Resenha de notícias II.

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AeroEntusiasta
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Resenha de notícias II.

Mensagem por AeroEntusiasta »

1. Boa fase pode ser temporária, diz Ozires
2. BRA e Trip começam a efetivar plano de expansão
3. Embraer lança dois novos jatos pequenos
4. Rubinho processa Velog por uso indireto de imagem
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1. Boa fase pode ser temporária, diz Ozires
Por: Daniel Rittner
Fonte: Valor Econômico
O engenheiro Ozires Silva, ex-presidente da Embraer e da Varig, alertou ontem que os bons resultados do setor aéreo brasileiro desde o fim de 2003 podem não passar de uma "bolhazinha" temporária. No ano passado, o mercado doméstico cresceu 11,9% em número de passageiros, mas ainda vive uma crise estrutural, comentou o executivo.
"O problema básico persiste: continua faltando um marco regulatório", advertiu Ozires, na abertura do 1º Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil. Para ele, empresas como Gol e TAM estão em situação financeira mais confortável porque têm frotas novas e não herdaram passivos antigos, oriundos de planos econômicos e controles de tarifas. "Mas quem pode garantir que a Gol não será a Varig amanhã?", questionou Ozires, referindo-se à crise atravessada pela companhia que presidiu.
O executivo lembrou que a crise é mundial e os prejuízos de várias companhias estrangeiras chegaram a níveis insustentáveis, mas ressaltou que os problemas no Brasil têm características próprias. Ele mencionou especificamente a lentidão na criação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o alto preço dos combustíveis - segundo ele, os tributos respondem por 44% do custo do querosene no país, enquanto a taxação representa apenas 12% nos EUA e zero na Europa.
Para Ozires, os problemas do setor aéreo "não se resolvem sozinhos", apenas com maior concorrência. Como controlador dos aeroportos, regulador do mercado e fornecedor dos combustíveis, "o governo não pode lavar as mãos", afirmou.
A análise do executivo é diametralmente oposta àquela apresentada pelo governo. Em março, em declarações pouco habituais, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, já havia defendido o aumento da concorrência como solução para o setor.
Desde a semana passada, o governo intensificou a avaliação de que o setor não vive uma crise. Essa posição passou a ser fortemente defendida pelos ministros José Alencar (Defesa) e Walfrido Mares Guia (Turismo), além do diretor-geral do Departamento de Aviação Civil (DAC), brigadeiro Jorge Godinho. "Olhando o setor como um todo, as empresas estão bem", reiterou Godinho, ontem.
Concordou com ele o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), George Ermakoff, para quem o momento é de "prosperidade". Para ele, as medidas adotadas pelo governo para restringir a oferta foram adequadas, ao propiciar melhor aproveitamento dos vôos existentes e aumentar a rentabilidade das companhias. "Não existe bolha", afirmou Ermakoff.
Dados compilados pelo DAC a partir do balanço das companhias mostram que as três maiores aéreas apresentaram boa lucratividade operacional, medida pela receita e pelas despesas de vôo, no ano passado. No caso da TAM, a lucratividade negativa de 3,5% em 2003 passou a ser positiva de 4,05% em 2004. A Gol aumentou de 16,74% para 24,11%. A Varig passou de 4,75% para 2,56%, mas continua lucrativa se consideradas estritamente as suas atividades operacionais.
O fórum realizado em Brasília dará origem à Confederação Brasileira de Aviação Civil, congregando segmentos como fabricantes de peças, sindicatos de trabalhadores e as próprias aéreas. Os presidentes de Varig, TAM e Gol não participaram do evento.
Fonte: Valor Econômico (04/05/05)

2. BRA e Trip começam a efetivar plano de expansão
Fonte: Valor Econômico
A BRA Transportes Aéreos, companhia especializada em vôos fretados (charter), pretende inaugurar suas primeiras rotas regulares até o fim de junho. A empresa já obteve autorização do Departamento de Aviação Civil (DAC) para operar linhas regulares e negocia os melhores horários de pouso e decolagem com o órgão regulador, buscando principalmente períodos antes reservados à Vasp, hoje paralisada e sob intervenção.
Os planos da BRA vão longe. Além de iniciar essas operações no mercado doméstico, a empresa sonha com rotas internacionais, que atualmente faz apenas com aviões fretados. A idéia é, no futuro próximo, ter ligações regulares entre o Nordeste e a Europa, disse, ontem, Humberto Folegatti, diretor-presidente da BRA. Os principais alvos são Natal, Fortaleza e Salvador-Porto Seguro, de um lado do Atlântico, e Lisboa, Madri, Barcelona e Milão, na outra ponta.
Essas cidades já são atendidas por quatro vôos charter semanais da BRA. Em junho, esse número subirá para seis, segundo Folegatti. Ele já entregou ao DAC pedidos para aumentar a quantidade de vôos para 12 por semana. O passo seguinte poderia ser a transformação de pelo menos parte deles em regulares. "Existe interesse da nossa parte e espaço nos acordos bilaterais", afirmou.
A idéia inicial da BRA era vender bilhetes para a ponte aérea Rio-São Paulo por algo entre R$ 129 e R$ 169. Mas as recentes altas na cotação do querosene podem tornar o preço impraticável. "Os combustíveis representam mais de 50% dos nossos custos operacionais", disse Folegatti.
A BRA tem planos de importar mais dez aeronaves, da mesma linha das nove já disponíveis - aviões Boeing dos modelos 737-300, 737-400 e 767-300. O DAC autorizou recentemente a incorporação dos jatos.
Quem também está voando alto é a Trip Linhas Aéreas. Com enfoque em linhas regiões do Centro-Oeste e do Paraná, a companhia começou a expandir as suas operações na segunda-feira, com a entrada em vigor de um acordo operacional com a Rico.
A Trip aumentou de 19 para 34 o número de cidades atendidas, voando para a Amazônia Ocidental (Amazonas, Acre e Rondônia). A empresa vai operar rotas antes feitas pela Rico. A Rico se concentrará em 16 rotas, metade do que fazia, mas pretende aumentar a capacidade dos vôos. "Queremos atender a 12 novas cidades por ano e aumentar em 35% o número de passageiros", disse José Mário Caprioli dos Santos, presidente da Trip.
Fonte: Valor Econômico (04/05/05)

3. Embraer lança dois novos jatos pequenos
Fonte: Folha de S.Paulo
A Embraer anunciou ontem em Washington o lançamento de dois novos jatos, em um negócio estimado em mais de US$ 4 bilhões nos próximos dez anos.
Os dois aviões, um com capacidade para seis a oito pessoas e o outro para de oito a nove, devem disputar o mercado corporativo, em que a Embraer hoje tem apenas o Legacy, maior que os jatos lançados ontem. O menor tem um preço previsto de US$ 2,75 milhões, e o maior deve ser vendido por US$ 6,75 milhões.
De acordo com Luís Carlos Affonso, vice-presidente de aviação-executiva da companhia, a empresa espera conquistar um terço do mercado de 3.000 desses jatos nos próximos dez anos.
O principal foco serão as vendas para os norte-americanos, responsáveis por 85% desse mercado, de acordo com o vice-presidente da Embraer. Mas a empresa, obviamente, quer abrir espaço também no Brasil. "Esses jatos têm uma autonomia muito boa para o mercado brasileiro", disse Affonso à Folha.
O investimento inicial da empresa deve ser de US$ 235 milhões, de acordo com comunicado feito à imprensa.
Apesar do anúncio agora, a entrada de fato desses jatos no mercado deve acontecer apenas daqui a três anos. O primeiro lançamento, do avião menor, na categoria "super light", deverá acontecer em "meados de 2008", segundo a companhia. O outro jato deve entrar no mercado somente um ano depois do outro, em 2009.
Números
No primeiro trimestre de 2005, a empresa entregou 30 aeronaves, sete a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Quarta maior fabricante de jatos do mundo, a Embraer planeja entregar 145 aviões no total neste ano.
Segundo a companhia anunciou no mês passado, no final de março sua carteira de pedidos firmes somava US$ 9,9 bilhões. O número é 9,17% menor que o da mesma data de 2004 (US$ 10,9 bilhões), ano em que a empresa dobrou seu lucro em relação a 2003.
Fonte: Folha de S.Paulo (04/05/05)

4. Rubinho processa Velog por uso indireto de imagem
Piloto alega que publicidade da subsidiária da Varig fazia associação com ele de modo sub-reptício
Por: Thélio de Magalhães
O vice campeão mundial de Fórmula 1 Rubens Barrichello está processando, na 6.ª Vara Cível da Capital, a Varig Logística S.A. (Velog) e a Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda., exigindo indenização por dano moral. Ele alega que seu nome e imagem foram usados sem autorização, em setembro do ano passado, em campanha publicitária destinada à divulgação dos serviços de entrega de malotes da Velog, intitulada " Mais que Veloz - Velog - A entrega expressa da Varig Log". As duas empresas já contestaram a ação e negam a acusação.
Barrichello esclarece que a campanha não utilizou sua imagem real. Todavia, se valeu de todos os elementos destinados a associar seu nome e imagem ao personagem da campanha publicitária: um garoto chamado " Rubinho", que traja um macacão vermelho e dirige pelas ruas um carro também vermelho, cor tradicional da Ferrari, marca pela qual Barrichello compete.
A Full e a Velog asseguram que nunca pretenderam usufruir do nome ou da imagem de Barrichello ou causar malefício ou constrangimento ao piloto.
A Full insiste em que a propaganda tem como foco um garoto que dirige um carrinho pelas ruas. Em momento algum há menção à Fórmula 1 ou à Ferrari. O diálogo é entre um menino e uma menina, " o que por si só retira qualquer alusão à competição desportiva do gênero".
Barrichello disse que ao tomar conhecimento da campanha, notificou os responsáveis para que a retirassem do ar. Recebeu, por escrito, a resposta de que a campanha seria mantida. A Velog desmente essa afirmativa, salientando que suspendeu a campanha como gesto de boa vontade, tão logo soube do "desconforto" de Barrichello.
O piloto exige indenização equivalente a 50% do valor da tiragem dos jornais e revistas em que foi divulgada a propaganda, bem como a metade do valor cobrado por todas as emissoras de televisão. Quanto à divulgação pela mídia eletrônica, quer 20% do valor da indenização referente a jornais e revistas.
O juiz Fernando C.Queiroz deu às partes prazo de cinco dias para que especifiquem as provas que pretendem produzir, após o que poderá marcar audiência de tentativa de conciliação.
Fonte: O Estado de S. Paulo (04/05/05)
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MARVIN
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Mensagem por MARVIN »

O comentário do Sr. Ozires Silva sobre a Gol tem sido infeliz desde que esta empresa apareceu, parece "dor de cotovelo" de quem, como museu vive do passado. Qdo a Gol apareceu ele disse diversas vezes na imprensa que este modelo não daria certo no Brasil e que já tinha visto esta "novela antes", hoje diante dos números da Gol ele diz que está pode ser a Varig amanhã. Discordo, a Gol não é administrada pela FRB. E o Sr. Ozires tbém não fez uma maravilhosa administração na Pioneira qdo esteve lá. Na minha opinião o melhor administrador da Varig que conheço foi o Fernando Pinto e só não fez mais pela cia justamente por causa da FRB.

Marvin.

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Mensagem por kmco »

MARVIN escreveu: Na minha opinião o melhor administrador da Varig que conheço foi o Fernando Pinto e só não fez mais pela cia justamente por causa da FRB.
CONCORDE PLENAMENTE CONTIGO, SE ELE ESTIVESSE CONTINUADO, E SEM A INTERFERENCIA DA FRB, QUEM SABE A SITUACAO DA "PODEROSA" SERIA MAIS AMENA.

QUE O DIGA A TAP :!: :!: :!:
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