Seqüestradores do 11/9 reservaram passagens na Web

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PR-WJI
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Seqüestradores do 11/9 reservaram passagens na Web

Mensagem por PR-WJI »

O governo dos EUA revelou nesta quinta-feira que alguns dos seqüestradores do atentado de 11 de setembro de 2001 reservaram suas passagens áreas pela Internet, usando o computador de uma biblioteca universitária de Nova Jersey.
A revelação foi feita por Ken Wainstein, procurador do Distrito de Columbia, em depoimento à subcomissão da Câmara dos Deputados para crime, terrorismo e segurança doméstica. Seu objetivo é fortalecer o argumento do governo de que o Congresso deve renovar uma lei que autoriza a apreensão de registros de bibliotecas e livrarias.

"Os investigadores que traçam as atividades dos seqüestradores determinaram que, em quatro ocasiões em agosto de 2001, indivíduos usando contas da Internet em nome de Nawaf Al-Hamzi e Khalid Al-Midhar - seqüestradores do 11/9 - usaram computadores de acesso público na biblioteca de uma universidade estadual de Nova Jersey", disse Wainstein.

Al-Hamzi e Al-Midhar embarcaram no vôo 77 da American Airlines, que foi lançado sobre o Pentágono no dia dos ataques. Sua última visita documentada à biblioteca ocorreu 12 dias antes do atentado, quando uma pessoa usando a conta de Al-Hamzi foi ao computador confirmar as reservas, segundo o procurador.

Ele disse ainda que há registros de que três outros seqüestradores visitaram uma biblioteca pública em Delray Beach, na Flórida. Todos eles estavam nos aviões que se chocaram contra o World Trade Center, em Nova York. Cerca de 2,7 mil pessoas morreram nos ataques.

O secretário de Justiça dos EUA, Alberto Gonzales, diz que não há acusações consubstanciadas de abusos cometidos em nome da Lei Patriota, que permite ao governo apreender registros de bibliotecas. A lei foi aprovada logo depois dos atentados, e 15 de seus artigos, inclusive o que prevê a apreensão de registros em bibliotecas e livrarias, expiram ao final deste ano.

Gonzales disse que esse artigo, aplicável também a registros pessoais e empresariais, foi usado 35 vezes desde setembro de 2003, mas nunca para registros de livrarias, bibliotecas, consultas médicas e venda de armas.

Apesar disso, ativistas dos direitos civis e alguns parlamentares criticam duramente o governo por não ter divulgado informações suficientes sobre como a lei tem sido aplicada. A senadora republicana Olympia Snowe disse nesta semana que deveria haver mais transparência.

James Baker, assessor de inteligência do Departamento de Justiça, disse à subcomissão que no ano passado um membro de um grupo ligado à Al-Qaeda usou a Internet de uma biblioteca pública para se comunicar com outros militantes.

Gregory Nojeim, da União Americana das Liberdades Civis, disse à subcomissão que o artigo da Lei Patriota pode permitir que o governo obtenha informações sobre milhares de norte-americanos que nada têm a ver com o terrorismo.

A comissão também ouviu depoimentos sobre outro artigo da lei, que permite ao governo obter "ordens de vigilância" contra supostos terroristas e espiões. Dessa forma, o governo pode monitorar telefones e computadores usados por suspeitos sem ter de identificá-los pelo nome.

O objetivo da lei é apanhar terroristas que mudam freqüentemente de telefone. Antes, as autoridades tinham de obter mandados judiciais separados para cada telefone a ser grampeado. Nojeim disse que o governo deveria ser obrigado a identificar o suspeito ou o equipamento de comunicação monitorado, como acontece em casos criminais.

Fonte: Reuters
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