Disputa das aéreas chega à Bovespa

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Disputa das aéreas chega à Bovespa

Mensagem por MARR »

Disputa das aéreas chega à Bovespa
O Estado de S. Paulo - 13/04/2005
A disputa entre Gol e TAM deixou de ser restrita ao espaço aéreo. Depois de promoverem guerras de tarifas para atrair passageiros, as duas companhias estão em busca agora de investidores interessados em adquirir suas ações. Ambas anunciaram recentemente que pretendem vender papéis ao mercado. As razões que levaram as duas empresas aéreas a seguir o mesmo caminho, porém, são bem diferentes.

Enquanto a Gol precisa de recursos para bancar um agressivo plano de expansão, que prevê a compra de 30 aviões da Boeing até 2010, a TAM necessita cumprir as exigências de um acordo de acionistas assinado em 2002. Este acordo, fechado entre a família Amaro, controladora da TAM, e um grupo de fundos de investimento ligados ao Credit Suisse First Boston (CSFB) e à Bassini Playfair Wright, previa que a companhia deveria lançar pelo menos US$ 50 milhões em ações a partir de novembro de 2004.

A TAM anunciou na segunda-feira os planos de uma oferta de ações no Brasil, com esforço de venda a investidores estrangeiros. No entanto, a companhia ainda não deu detalhes sobre quando nem quanto será vendido. A família Amaro tem 72,6% do capital da TAM. Outros 26,8% estão nas mãos dos fundos de investimento e apenas 0,5% está em Bolsa.

A Gol já havia publicado, no fim de março, uma nota prévia sobre seus planos de realizar a oferta. Anteontem, a empresa definiu o cronograma, porém reduziu em 28% o número de papéis a serem vendidos em relação ao plano inicial.

A redução, segundo analistas, teria sido motivada pelo atual ciclo de baixa da bolsa de valores no Brasil. Como as cotações estão em queda e os investidores estão mais receosos em assumir posições no mercado, a empresa teria decidido diminuir a oferta, temendo uma fraca demanda pelos papéis.

As pessoas físicas poderão reservar as ações da Gol entre 18 e 26 de abril. No dia 27 será definido o preço de venda dos papéis. Considerando a atual cotação, na casa dos R$ 34, a companhia deverá levantar cerca de R$ 500 milhões. Deste montante, R$ 190 milhões irão para o caixa e o restante será embolsado pela BSFF Air Holdings, ligada à AIG Capital, que venderá uma fatia de sua participação. A BSSF tem cerca de 5% do capital da Gol. Outros 20% estão em circulação no mercado e o restante pertence à família Constantino, controladora da companhia aérea.

A crise financeira que tirou do ar a Vasp e ameaça a Varig abre espaço para outras empresas do setor, segundo analistas. Outro fato considerado positivo é a recuperação do movimento de passageiros no mercado doméstico, que cresceu 12% em 2004.
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