Rumos da Varig criam apreensão

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MARR
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Rumos da Varig criam apreensão

Mensagem por MARR »

Rumos da Varig criam apreensão
Zero Hora - RS - 10/04/2005
Enquanto a diretoria da Varig analisa propostas de aquisição da empresa, milhares de trabalhadores espalhados pelo país acompanham apreensivos o desfecho do caso, em especial os cerca de 8 mil assistidos pelo fundo de pensão dos funcionários da Varig, o Aerus. As incertezas quanto à sobrevivência da empresa e ao futuro das aposentadorias inquieta trabalhadores que dedicaram a vida inteira à companhia.

Para muitos, os vínculos com a Varig transcendem a uma longa relação profissional formalmente encerrada. O comandante Vitor Stepanski, por exemplo, pode dizer que tem 167 anos de empresa. O número, à primeira vista surreal, explica-se pela soma do tempo que cada membro da família tem de Varig. O pai foi piloto por 42 anos, o tio, inspetor de manutenção por 40, um dos irmãos, comissário por 18 anos, o outro é comandante há 19 anos e outro trabalha na Varig Engenharia de Manutenção há 15 anos. Stepanski esteve por 33 anos na Varig, até se aposentar no ano de 2003, de forma forçosa, segundo ele.

Depois de cruzar os céus e de colecionar histórias curiosas - como a de um problema hidráulico em um avião que motivou vazamento de água do ar-condicionado na pista e fez bombeiros correrem e acionar extintores pensando se tratar de querosene -, o aeronauta mantém uma rotina de dedicação à companhia junto com ex-colegas, também aposentados.

Os engenheiros de vôo Paulo Wolf, 39 anos de empresa, e Juan Metzler, 37 anos de Varig, e o comandante Delamar dos Santos, 36 anos na companhia, são alguns dos companheiros de Varig que permanecem atentos aos desdobramentos da crise da companhia.

O dia-a-dia divide-se em participação nos protestos dos funcionários, reuniões nas associações de pilotos e de mecânicos de vôo e muito debate em torno da situação da Varig. Em comum, as frases de gratidão à empresa por tudo o que conquistaram nos campos pessoal e profissional, mas também o descontentamento quanto aos sucessivos erros administrativos, ao excesso de vaidade identificado em muitos executivos que passaram pelo comando da Varig e ao que chamam de "postura antidemocrática" da Fundação Ruben Berta (FRB), controladora de 87% do capital votante da empresa, cujo sistema de participação é duramente criticado.

- Os membros do colégio deliberante da fundação são vitalícios, e o funcionário que se torna apto a se candidatar a uma vaga precisa da aprovação dos que já estão lá. Que espécie de participação é essa? - questiona Metzler.

Apesar do tempo de trabalho, os quatro trocariam a aposentadoria pela volta à aviação, ou melhor, à Varig.

- Se me chamarem, às 6h estou lá, pronto para trabalhar - diz Wolf, 61 anos, sob os olhares de concordância de todos.

Para esses quatro profissionais, a sobrevivência da considerada a segunda maior companhia aérea do país continua em primeiro lugar.

Entenda o caso: Por que o futuro do fundo de pensão preocupa:

- O Aerus foi criado em 1982. Hoje, teria cerca de 8 mil assistidos. No balanço divulgado quinta-feira, a Varig assume dívida de R$ 1,043 bilhão com o fundo e déficit atuarial (futuro) de R$ 405 milhões. A Associação dos Participantes e Beneficiários do Aerus vinha pressionando a empresa para garantir o reconhecimento do passivo.

- Uma nota no balanço diz que se a Varig não reverter o resultado até 2008, a empresa é co-responsável pelo que ocorrer com o fundo, diz o diretor de controladoria e relações com investidores da Varig, Ricardo Bullara.

- Os aposentados temem as propostas de compra da empresa, pois os interessados não assumiriam suas dívidas.

- A atuação da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão governamental que fiscaliza as atividades das entidades fechadas de previdência complementar, causa apreensão. Para os aposentados, houve omissão do órgão na fiscalização do Aerus ao longo dos anos. Do contrário, a situação não teria chegado ao ponto atual.
carlos oliveira
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Registrado em: Dom Dez 19, 2004 11:38

Mensagem por carlos oliveira »

:(
Piloto por 42 anos , o outro por 36 anos ?
Esses variguianos deveriam ter vergonha de dizer isso numa época em que os Deputados e Senadores querem mudar a nossa aposentadoria de ESPECIAL para NÃO ESPECIAL, (especial 25 anos de trabalho).

E os vaspeanos que também estão com seu fundo de pensões encalacrado? pessoal da varig ACORDA, voces, pra variar um pouquinho, só estão preocupados com voces mesmos, se o pensamento for isolado a solução NUNCA virá.......
O governo federal não vai ajudar nem vasp e nem varig, o mercado vai regular a dificuldade, se é que voces me entendem......

Voces Não são mais o Supra-Suma da aviação, ACORDA :!:
:wink: :cry: :wink:
"Vivendo o presente, preparando o futuro"
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