Exercicio "Air 09" conduzido pela Força Aerea Portuguesa

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Black Typhoon
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Exercicio "Air 09" conduzido pela Força Aerea Portuguesa

Mensagem por Black Typhoon »

Exercício "Air 09" conduzido pela Força Aérea Portuguesa

A Força Aérea Portuguesa conduziu recentemente um exercício internacional, no âmbito das novas ameaças do tipo "11 de Setembro".

Após o 11 de Setembro de 2001, surge uma nova ameaça aérea: a possível utilização de aeronaves civis, como arma de ataque por parte de organizações terroristas.

Esta nova ameaça conduziu ao aparecimento de um novo conceito de utilização da aviação de combate dos vários estados, não para a defesa militar dos países em relação a uma força invasora, mas para policiar o espaço aéreo e actuar em caso de uma aeronave civil assumir um comportamento suspeito. Passaram a ser designadas estas aeronaves suspeitas por "RENEGATE" e o novo tipo de missões por "POLICIAMENTO AÉREO".

O assunto é actualmente encarado com preocupação pela generalidade dos governantes em todo o mundo, considerando-se algo de interesse e resolução transnacional.

O "Air 09" é um exercício no âmbito "RENEGATE", que envolve os países de ambas as margens do Mar Mediterrâneo (sul da Europa e norte de África), do programa 5 + 5.

A Força Aérea Portuguesa assumiu, este ano, o comando e controlo do exercício, recebendo no Comando Aéreo, Oficiais de vários países magrebinos e europeus.

Após uma primeira fase de treinos baseados em cenários de computador (CAX), o "Air 09" passou à fase de treino com "forças vivas" (LIVEX). Desta forma, no dia 11 de Novembro, um avião C295, da Força Aérea Portuguesa, descolou do Aeródromo de Manobra Nº 3, em Porto Santo, Madeira, com o objectivo de testar a capacidade de resposta das aeronaves de combate espanholas e marroquinas.

O C295 português voou rumo às Canárias, simulando uma aeronave civil dedicada ao transporte de pessoas. Ao entrar em espaço aéreo espanhol a tripulação deixou de contactar o controlo de tráfego aéreo, mantendo a rota prevista em plano de voo. As autoridades aeronáuticas espanholas reagiram dentro dos tempos normalmente sugeridos pela NATO, colocando um caça F18 "na cauda" do avião português em menos de 15 minutos.

O F18 seguiu à distância o avião suspeito tentando várias vezes (sem sucesso) contactar via rádio a aeronave portuguesa. Sempre debaixo do comando e controlo do Comando Aéreo Português em Monsanto, Lisboa, onde se encontrava um Oficial de ligação da Força Aérea Espanhola, o C295 recebeu instruções para elevar o grau de suspeição, abandonando a rota prevista e rumar em direcção ao Sahara Ocidental (espaço aéreo controlado por Marrocos).

O F18 espanhol abandonou a escolta e surgiram dois caças F5 da Força Aérea Marroquina. A aeronave suspeita não mostrou hostilidade e manteve-se a voar rumo a norte sobre a linha de costa. Cumprindo os procedimentos internacionais, os caças marroquinos escoltaram o avião suspeito em voo de formação, sendo os dois F5 rendidos por dois MIRAGES F1 e um ALPHA-JET.

Devido ao trajecto ser bastante longo, os MIRAGES foram por sua vez rendidos por outros dois F5 até à proximidade do estreito de Gibraltar, altura em que surgiu um caça EUROFIGHTER espanhol. Assumindo a postura tacticamente correcta de perseguição a curta distância, o EUROFIGHTER manteve-se (tal como anteriormente havia feito o F18) duas milhas atrás do avião suspeito, seguindo-o permanentemente, até chegar a espaço aéreo Português.

Assim que cruzou a linha de costa algarvia, o C295 passou a ser escoltado por dois caças F16 (MLU) da Força Aérea Portuguesa, que o acompanharam em formação até à proximidade da Base Aérea do Montijo, onde terminou o exercício.

Fonte: Força Aerea Portuguesa
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