GOVERNO COM O PÉ ATRÁS !!

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GOVERNO COM O PÉ ATRÁS !!

Mensagem por Le »

Brasília vê com desconfiança oferta de Tanure pela companhia
Por: Daniel Rittner
O governo vê com desconfiança e baixíssima credibilidade a eventual venda da Varig ao empresário Nelson Tanure. Apesar de publicamente ter negado interesse no negócio, Tanure apresentou na quarta-feira uma proposta que prevê que ele fique com 80% de uma "nova Varig". Essa nova empresa alugaria a marca a Varig e absorveria os contratos de leasing de aviões, as rotas e os espaços em aeroportos. À Fundação Rubem Berta, Tanure ofereceu 20% da nova aérea.
O empresário, ao que tudo indica, não pretende aportar recursos novos. Ele também não quer a aplicação da nova Lei de Falências. As dívidas seriam deixadas para trás, dentro da "carcaça" da atual Varig. A proposta depende da bênção do governo, que teria que autorizar a transferência da concessão de vôo para essa nova companhia.
Tanure já teria sondado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a respeito de um financiamento. De forma geral, o empresário pretende herdar os ativos da Varig sem ser onerado por seus passivos, em modelagem de negócio semelhante à usada por ele para assumir os jornais "Gazeta Mercantil" e "Jornal do Brasil".
A reação à proposta do vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, foi discreta durante o encontro com Tanure e o presidente da Varig, Luiz Martins. Mas ele comentou com interlocutores próximos que não gostou do que ouviu.
Na reunião, Alencar frustrou a Varig ao informar que o governo já decidiu que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o pedido de indenização das aéreas pelos supostos prejuízos oriundos do congelamento de tarifas no Plano Cruzado. O vice deixou claro que não haverá o chamado "encontro de contas", como querem as empresas e defende o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal.
Conforme ouviu o Valor de dois funcionários do governo que acompanham de perto a crise da Varig, Alencar sente-se enganado e decepcionado. Ao contrário do que se tem alardeado, a sua frustração tem menos a ver com os vetos da equipe econômica. O vice-presidente disse ter empenhado grande esforço e tempo para buscar uma solução à companhia aérea, sem as contrapartidas e a seriedade que esperava do próprio Martins e da curadoria da Fundação Rubem Berta. Alencar ficou irritado com a saída do Unibanco.
Os executivos do banco sequer participaram da reunião de quarta-feira e estão com a relação arranhada com a empresa aérea. A entrada do Unibanco na formulação de um plano de negócios se deu a pedido do próprio Alencar, que acreditava dar maior credibilidade ao processo com a participação de uma instituição financeira.
Na reunião de quarta-feira, o vice provocou o presidente da Varig. Quis saber o que era verdade: se a dívida da companhia está em cerca de R$ 6 bilhões, como insiste em dizer Martins, ou se teria chegado mesmo aos R$ 9,5 bilhões.
Martins atribuiu a divulgação de supostos "erros" sobre informações financeiras da Varig ao Unibanco e afirmou que o banco tem mais dificultado do que ajudado numa solução para o caso. A resposta do executivo foi mal-recebida e ele está profundamente desgastado com o governo. À saída da reunião, o executivo acusou a imprensa de estar exagerando na descrição da crise da Varig e negou ter mantido conversações com Tanure "nos últimos meses" sobre uma possível venda. Martins se disse apenas amigo do empresário.
O governo tem dado declarações pouco explícitas, mas mudou profundamente de ânimo em relação a salvar a Varig. Está cada vez mais convencido de que é difícil torná-la viável, de que as concorrentes absorveriam rapidamente a demanda e não haveria tumulto no setor. Sinais públicos disso são evidentes: o ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) já afirmou que a quebra da Varig não causaria grandes problemas à aviação civil, o ministro Antônio Palocci (Fazenda) defendeu maior concorrência no setor aéreo e o próprio Alencar passou a insistir na tese de que o governo não é responsável por encontrar uma saída à Varig, sendo a solução "de mercado" e "empresarial". O cenário com o qual trabalha o governo é, hoje, de paralisação da empresa.
Fonte: Valor Econômico (18/03/05)


carlos oliveira
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Mensagens: 197
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 11:38

Mensagem por carlos oliveira »

:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

Será que este sr é mais um picareta, um aventureiro, ou a coisa é séria

SÉRÁ, SÉRÁ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
"Vivendo o presente, preparando o futuro"
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