AVIAÇÃO
Embraer diz que pode recorrer à OMC contra decisão
Bombardier anuncia fabricação de jatos para até 130 passageiros
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOTUCATU
DA REDAÇÃO
A Bombardier, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, anunciou ontem ter conseguido autorização para desenvolver, pela primeira vez, um jato com capacidade superior a cem passageiros.
Os aviões da série C poderão ser desenvolvidos em até quatro diferentes tamanhos e acomodar entre 110 e 130 passageiros, disse o vice-presidente Pierre Beaudoin. A sede da empresa, em Montreal (Canadá), está tentando firmar compromissos com clientes e fornecedores antes da aprovação final para começar a produzir ainda neste ano.
As aeronaves, que custariam aproximadamente US$ 2 bilhões, começariam a ser entregues em 2010. O mercado global de aviões acima de cem passageiros deve receber US$ 250 bilhões a mais nos próximos 20 anos. A companhia espera conquistar metade desse mercado se for adiante com o novo modelo.
Segundo a Bombardier, os aviões da série C terão um consumo de combustível 15% menor que o de seus concorrentes, como o A320 da Airbus, o 737 da Boeing e modelo 195 da Embraer.
Reação
Caso o governo canadense confirme a concessão de um financiamento à Bombardier para desenvolvimento de um novo avião, o vice-presidente sênior de relações externas da Embraer, Henrique Costa Rzezinski, disse ontem que a empresa poderá sugerir ao governo que recorra novamente à OMC (Organização Mundial do Comércio) contra o Canadá.
Rzezinski alega que o financiamento à Bombardier poderia prejudicar as vendas da Embraer, já que a empresa brasileira "gastou do próprio bolso" para desenvolver a família de jatos 170 investimento de cerca de US$ 1 bilhão.
As ações da Embraer lideraram as perdas no pregão da Bovespa de ontem. O papel ON da empresa perdeu 7,46%, seguido pelo PN, que caiu 5,62%.
O repórter Fábio Amato viajou a Botucatu a convite da Embraer
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinhei ... 200511.htm
Bombardier anuncia fabricação de jatos para até 130 pax
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jambock
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Só se for turbina nova!
Prezada cristiane:
Segundo a Bombardier, os aviões da série C terão um consumo de combustível 15% menor que o de seus concorrentes, como o A320 da Airbus, o 737 da Boeing e modelo 195 da Embraer.
O EMB-195 tem duas turbinas GE CF34-10E com empuxo unitário de 82,4 kN. Os aviões da Bombardier terão que ter turbinas com potência igual ou superior. Quero ver de onde eles vão tirar estes 15% a menos no consumo. Falar é facil
Um abraço e até mais...
Segundo a Bombardier, os aviões da série C terão um consumo de combustível 15% menor que o de seus concorrentes, como o A320 da Airbus, o 737 da Boeing e modelo 195 da Embraer.
O EMB-195 tem duas turbinas GE CF34-10E com empuxo unitário de 82,4 kN. Os aviões da Bombardier terão que ter turbinas com potência igual ou superior. Quero ver de onde eles vão tirar estes 15% a menos no consumo. Falar é facil
Um abraço e até mais...
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambockrs@gmail.com
Na aviação, só a perfeição é aceitável
Cláudio Severino da Silva
jambockrs@gmail.com
Na aviação, só a perfeição é aceitável
Analistas mostram indiferença à nova família de jatos Bombardier
Quarta, 16 de Março de 2005, 16h31
Fonte: Reuters Investor
Por Robert Melnbardis
MONTREAL, 16 de março (Reuters) - Muitos analistas mostraram indiferença, nesta quarta-feira, aos planos da fabricante canadense de aviões Bombardier <BBDsvb.TO> para construir uma nova família de jatos com investimento estimado em 2,1 bilhões de dólares.
A Bombardier, principal rival da Embraer <EMBR4.SA> <ERJ.N> no mercado de aviação regional, informou na terça-feira que buscará clientes para as aeronaves "C Series", que poderão acomodar de 110 a 130 passageiros. A empresa do Canadá afirma que os modelos oferecerão 15 por cento de economia operacional para vôos curtos e transcontinentais.
Antes de lançar a nova família de aviões, a Bombardier buscará clientes para os produtos e também fornecedores dispostos a destinarem 700 milhões de dólares para financiar o projeto, bem como quantia similar de governos.
Fontes afirmam que os governos canadense e da província do Quebec estão preparados para emprestar cerca 700 milhões de dólares para persuadir a Bombardier a construir os novos aviões em Montreal. A Bombardier, no entanto, ainda conversa com o governo britânico sobre um auxílio para atrair a fábrica da empresa para Belfast.
O desafio imediato para a Bombardier é trazer seus fornecedores para uma parceria de compartilhamento de risco e contribuição financeira. Ao mesmo tempo, a fabricante tentará persuadir companhias aéreas de todo o mundo de que precisam de aviões de 110 a 130 assentos, de acordo com especialistas.
"Acreditamos que a Bombardier ainda precisa de um número significativo de pedidos para lançar o 'C Series', dado que está entrando em um novo mercado com uma nova base de clientes", disse o analista Robert Fay, da Canaccord Capital, em relatório.
Alguns analistas afirmam que a Bombardier precisaria de cerca de 200 encomendas por aviões "C Series" antes de lançar oficialmente o programa de desenvolvimento dos jatos nos próximos meses.
Analistas apontam a norte-americana Northwest Airlines <NWAC.O> como potencial cliente-lançadora dos "C Series", ao lado da alemã Lufthansa <LHAG.DE>, que busca adquirir a rival de menor porte Swiss International Air Lines <SWIN.S>.
Além de competir com a Embraer, os modelos "C Series", destinados a companhias aéreas de maior porte, enfrentariam a concorrência de aviões redesenhados da Boeing <BA.N> e da Airbus <EAD.PA>.
Se a Bombardier decidir ir adiante com o projeto "C Series", os jatos entrariam em serviço comercial em 2010. Isso significa que o plano terá pequeno impacto no valor da Bombardier no curto prazo.
O analista James David, da Scotia Capital, vê os novos aviões contribuindo com 15 centavos de dólar canadense no lucro por ação em 2014, pequena porção dos 3 dólares canadenses esperados de ganho.
A Bombardier, que divulgará o resultado de seu quarto trimestre fiscal no próximo dia 31, enfrenta queda na carteira de pedidos por seu jato regional de 50 assentos e crescimento lento nos pedidos por aviões para 70 e 90 passageiros.
Ainda que os negócios na aviação executiva estejam mostrando recuperação, a Bombardier ainda tenta cortar custos nas operações de aviões regionais e reorganiza seus negócios de fabricação de trens.
O analista Nick Morton, da RBC Capital Markets, disse que 119 dos 223 aviões regionais na carteira d pedidos da Bombardier estão ameaçados pelas dificuldades financeiras das clientes Delta Air Lines, US Airways e Independence Air.
((Por Robert Melnbardis; Reuters Messaging: robert.melnbardis.reuters.com@reuters.net; edição em português de Cesar Bianconi))
Quarta, 16 de Março de 2005, 16h31
Fonte: Reuters Investor
Por Robert Melnbardis
MONTREAL, 16 de março (Reuters) - Muitos analistas mostraram indiferença, nesta quarta-feira, aos planos da fabricante canadense de aviões Bombardier <BBDsvb.TO> para construir uma nova família de jatos com investimento estimado em 2,1 bilhões de dólares.
A Bombardier, principal rival da Embraer <EMBR4.SA> <ERJ.N> no mercado de aviação regional, informou na terça-feira que buscará clientes para as aeronaves "C Series", que poderão acomodar de 110 a 130 passageiros. A empresa do Canadá afirma que os modelos oferecerão 15 por cento de economia operacional para vôos curtos e transcontinentais.
Antes de lançar a nova família de aviões, a Bombardier buscará clientes para os produtos e também fornecedores dispostos a destinarem 700 milhões de dólares para financiar o projeto, bem como quantia similar de governos.
Fontes afirmam que os governos canadense e da província do Quebec estão preparados para emprestar cerca 700 milhões de dólares para persuadir a Bombardier a construir os novos aviões em Montreal. A Bombardier, no entanto, ainda conversa com o governo britânico sobre um auxílio para atrair a fábrica da empresa para Belfast.
O desafio imediato para a Bombardier é trazer seus fornecedores para uma parceria de compartilhamento de risco e contribuição financeira. Ao mesmo tempo, a fabricante tentará persuadir companhias aéreas de todo o mundo de que precisam de aviões de 110 a 130 assentos, de acordo com especialistas.
"Acreditamos que a Bombardier ainda precisa de um número significativo de pedidos para lançar o 'C Series', dado que está entrando em um novo mercado com uma nova base de clientes", disse o analista Robert Fay, da Canaccord Capital, em relatório.
Alguns analistas afirmam que a Bombardier precisaria de cerca de 200 encomendas por aviões "C Series" antes de lançar oficialmente o programa de desenvolvimento dos jatos nos próximos meses.
Analistas apontam a norte-americana Northwest Airlines <NWAC.O> como potencial cliente-lançadora dos "C Series", ao lado da alemã Lufthansa <LHAG.DE>, que busca adquirir a rival de menor porte Swiss International Air Lines <SWIN.S>.
Além de competir com a Embraer, os modelos "C Series", destinados a companhias aéreas de maior porte, enfrentariam a concorrência de aviões redesenhados da Boeing <BA.N> e da Airbus <EAD.PA>.
Se a Bombardier decidir ir adiante com o projeto "C Series", os jatos entrariam em serviço comercial em 2010. Isso significa que o plano terá pequeno impacto no valor da Bombardier no curto prazo.
O analista James David, da Scotia Capital, vê os novos aviões contribuindo com 15 centavos de dólar canadense no lucro por ação em 2014, pequena porção dos 3 dólares canadenses esperados de ganho.
A Bombardier, que divulgará o resultado de seu quarto trimestre fiscal no próximo dia 31, enfrenta queda na carteira de pedidos por seu jato regional de 50 assentos e crescimento lento nos pedidos por aviões para 70 e 90 passageiros.
Ainda que os negócios na aviação executiva estejam mostrando recuperação, a Bombardier ainda tenta cortar custos nas operações de aviões regionais e reorganiza seus negócios de fabricação de trens.
O analista Nick Morton, da RBC Capital Markets, disse que 119 dos 223 aviões regionais na carteira d pedidos da Bombardier estão ameaçados pelas dificuldades financeiras das clientes Delta Air Lines, US Airways e Independence Air.
((Por Robert Melnbardis; Reuters Messaging: robert.melnbardis.reuters.com@reuters.net; edição em português de Cesar Bianconi))