Alencar descarta intervenção na Vasp como querem trabalhador

[MARR]

PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O presidente da República em exercício, José Alencar, que também é ministro da Defesa, descartou hoje a possibilidade de uma intervenção do governo na Vasp. O pedido de intervenção foi apresentado pelos sindicatos dos aeronautas e dos aeroviários, como uma forma de garantir pagamento dos débitos trabalhistas. Desde outubro os trabalhadores da empresa não recebem salários, e o FGTS dos empregados não é depositado desde 1998.

Frustrada com a reação de Alencar, a presidente do Sindicato dos Aeronautas, Graziella Baggio, afirmou que a situação da empresa aponta para "turbulências" futuras. "O grito que está sendo dato não está sendo ouvido", disse a sindicalista ao deixar a reunião com Alencar. Ao criticar a falta de credibilidade do acionista majoritário da Vasp, ela afirmou que a intervenção poderia facilitar a retomada da empresa pelos investidores.

Graziella explicou que o processo de intervenção seria precedido de uma perícia técnica que faria uma análise contábil e patrimonial para evitar que os bens que ainda restam na empresa desapareçam.

Para Alencar, a empresa deverá buscar uma "salvação" dentro da nova Lei de Falências, que abriu espaço para a recuperação das companhias aéreas.

Questionado se o fim da concessão da Vasp em abril não excluiria a empresa do benefício da lei, Alencar disse que nada impede que as empresas comecem a trabalhar com base na lei.

"O Estado, ele não faz negócios. Nós podemos abençoar um bom negócio de transferência de uma dessas companhias para um outro grupo, desde que seja bom para o país. Nós vamos abençoar os bons negócios que sejam de interesse nacional. Mas nós não vamos fazer negócios. Estamos acompanhando. As cias tem que aproveitar essa oportunidade e buscar uma solução empresarial. Não há mais condições de o Estado fazer nenhuma intervenção", afirmou.

Uma possível liquidação extra-judicial da Vasp também foi descartada por Alencar. Ele explicou para esse tipo de solução, é preciso que a companhia tenha ativos suficientes para cobrir pelo menos 50% dos seus débitos, o que não seria o caso da Vasp.

[osmair]

Aaahhh tá!!!! Quer dizer, para prejudicar a Varig vale tudo, agora, para beneficiar os funcionários da Vasp e tirar o Canhedo de circulação ninguém está nem aí. Ah se este país fosse sério!!!!!!