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EMBRAER

Mensagem por SBSP »

Depois dos Estados Unidos e da China, a empresa pilotada por Maurício Botelho vê na europa oportunidades de se firmar como multinacional. Enquanto isso, reforça a atuação do setor de defesa

Por Flavia Pardini

O setor de aviação ainda vive uma das piores crises de sua história devido aos ataques terroristas de 11 de setembro, mas a Embraer começa a dar a volta por cima. “Apesar de ter reduzido nossa receita devido à diminuição das entregas de aviões, conseguimos manter nossas forças”, diz o presidente Maurício Botelho. A aviação corporativa, vista como a grande oportunidade de mercado depois dos atentados, não atendeu às expectativas em razão da redução na lucratividade das empresas a partir do estouro da bolha no setor de informática nos EUA e dos escândalos corporativos que pipocaram mundo afora. Mas a Embraer não perdeu tempo e reposicionou-se. Soube identificar um nicho de mercado – aviões comerciais que transportam de 70 a 110 passageiros – e este ano lançou uma nova família, a Embraer 170/190, com quatro aeronaves. Desenhado para ocupar um segmento crescente do mercado – somente nos EUA, 61% dos vôos transportam de 70 a 100 passageiros –, o lançamento já conquistou espaço no exterior. Botelho contabiliza uma carteira com 340 aviões vendidos, além de 400 opções de compra.

A empresa também reforçou sua atuação no setor de defesa. Este ano, concluiu a entrega de oito aeronaves de alerta avançado e sensoriamento remoto ao Projeto Sivam e está em processo de fornecimento de aviões para a Força Aérea da Grécia e a do México. Além disso, já fabrica uma aeronave de ataque leve e remodela os jatos F-5 da Força Aérea Brasileira (FAB).

A atuação da empresa na área de defesa foi coroada em julho de 2004 – depois que a pesquisa de campo de As Mais Admiradas já havia sido concluída – com a escolha, pelo Departamento de Defesa dos EUA, de um consórcio do qual a Embraer participa para o fornecimento de aviões para o novo sistema de vigilância de campos de batalha do Exército americano. O contrato total com o Pentágono é de US$ 7 bilhões, mas Botelho não revela a fatia que a Embraer leva. “Quando temos uma decisão desse calibre, estamos nos preparando para a geração de riqueza no futuro”, diz.

A fim de se firmar como multinacional, a Embraer parte para mais uma conquista: a Europa. No Velho Continente, a Embraer possui apenas uma base de manutenção na França, mas viu a oportunidade de participar da privatização da portuguesa Ogma, a ser concluída até o fim do ano. Enquanto isso, Botelho espera certificar dois aviões da nova família – Embraer 175 e 190 – e criar condições para o aumento de produção, que este ano voltou aos níveis de 2001. Em 2005, prevê entregar 170 aviões.

Fonte: Carta Capital
B767
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Mensagem por B767 »

Acho que a EMBRAER poderia e deveria zelar pelas empresas nacionais por pressionar ou fazer lobby forte junto a Receita Federal/Governo para eliminar varios impostos que matam a viabilidade de receber avioes novos EMB aqui no Brasil.

Se ela interessasse mais pelas companhias locais, creio que a gente veria mais EMB145 EMb170/190 voando em cores brasileiras.
Vector
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Mensagem por Vector »

B767 escreveu:Acho que a EMBRAER poderia e deveria zelar pelas empresas nacionais por pressionar ou fazer lobby forte junto a Receita Federal/Governo para eliminar varios impostos que matam a viabilidade de receber avioes novos EMB aqui no Brasil.

Se ela interessasse mais pelas companhias locais, creio que a gente veria mais EMB145 EMb170/190 voando em cores brasileiras.
E quem disse que ela não se interessa!!!! Mas não temque zelar pelas empresas nacionais não... elas é que zelem por elas próprias!!!

É preciso acabar com esta história da Embraer ser brasileira e ter que satisfazer os desejos e anseios da FAB e das empresas nacionais. Foi-se o tempo... a Embraer é uma empresa globalizada, multinacional basileira sim... mas que tem os olhos voltados para quem tem o mercado aberto a suas aeronaves.

O que a Embraer deve fazer, e faz, é zelar por um mercado potencial para suas aeronaves, que existe, aqui mesmo no Brasil. E isso ela faz. Por várias vezes ela já tentou isenção de impostos para suas aeronaves por aqui... mas sempre esbarrou no governo federal. Então não culpem a Embraer... culpem quem é o dono da encrenca: O GOVERNO!!!

A Embraer estaria mais do que feliz em vender para a TAM, para a VARIG, GOL e etc... Seria ótimo marketing para ela... mas o governo não pensa assim!!!
B767
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Mensagem por B767 »

Conheco a EMBRAER porque ja fiz trabalhos e negociacoes com ela.

Se eu como fornecedor de aeronaves regionais constatar que depois de fazer as contas, sai mais em conta adquirir(ou arrendar) um B737-300/400/500 ou F100, ou Bombardier(Dash8-300) do que um EMB145 novo, algo estah errado. Eu sairia para a briga para facilitar a obtencao do meu produto pelo mercado nacional. E isso signigica mexer com o governo e descobrir o que tem de errado.

Hoje a EMBRAER nao tem um interesse ardente de fornecer avioes comerciais novos para as empresas locais. O mercado de usados seria o mercado que ela tem em mente para as empresas nacionais.
Nunca vi e nao conheco iniciativa da Embraer reunir junto ao governo levando representantes das empresas locais com ela.

Se ela fosse sentar com seja quem for do governo levando a RG/VP/TAM e outras cias locais na comitiva, dizendo algo como " temos aqui "x" empresas do brasil que querem encomendar 80 avioes, soh que vamos perder por causa da legislacao atual", acho que a situacao poderia mudar.

Digo isso porque sei, vi e conheco a area comercial da Embraer.
Claro, o mercado la fora vai dar mais receita, mas nunca se deve desconsiderar ouminimizar o mercado nacional.
Vector
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Mensagem por Vector »

Mas não se pode dizer que a Embraer minimiza ou que vê para as empresas nacionais somente o mercado de usados... Isso eu acho ridículo e também conheço a área comercial da Embraer.

Como vc mesmo disse, a Embraer poderia levar as empresas nacionais "debaixo do braço" para conseguir vantagens... mas a questão não é assim tão simples... e favorecimento para a indústria aeronáutica poderia causar desgaste político perante empresários de outros setores.

Agora como ela pode levar empresas se atualmente nenhuma está interessada nos aviões da Embraer, pelo menos na quantidade que possa favorecer tal discussão??? Aí vem a questão de quem veio primeiro o ovo ou a galinha... Será que as empresas não tem interesse por que não existem as isenções ou será que não existem as isenções porque não vale a pena??? Eu acho sinceramente que não existe mesmo o interesse das empresas nacionais, pelo menos no atual momento.

Se fosse um interesse realmente muito grande, é porque ele é movido por perspectiva de geração de receita das empresas... e elas já teriam então procurado o mercado externo para adquirir tais aeronaves.

O que não entendo nesta questão é porque elas tem que sair mais caro para as empresas nacionais???

As aeronaves normalemente naõ precisam ser vendidas diretamente para uma empresa nacional. Elas podemser exportadas para uma GECAS, por exemplo e depois a empresa nacional faz um leasing. Neste caso porque elas devem ser mais caras???
B767
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Mensagem por B767 »

Bom, podemos ficar a noite inteira procurando maneiras de identificar solucoes. - Estou baseando os meus comentarios na experiencia "close up" que tive em varias ocasioes, mais as declaracoes que os vendedores e Diretores da Embraer jah fizeram na minha frente sobre o mercado nacional. Isso nao vou discutir.

Os EMB145/170/190 sao aeronaves perfeitas para uso nacional. mas, minha posicao eh que ela(Embraer) pode fazer mais em conjunto com nossas cias.
Vector
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Mensagem por Vector »

B767 escreveu:Bom, podemos ficar a noite inteira procurando maneiras de identificar solucoes. - Estou baseando os meus comentarios na experiencia "close up" que tive em varias ocasioes, mais as declaracoes que os vendedores e Diretores da Embraer jah fizeram na minha frente sobre o mercado nacional. Isso nao vou discutir.

Os EMB145/170/190 sao aeronaves perfeitas para uso nacional. mas, minha posicao eh que ela(Embraer) pode fazer mais em conjunto com nossas cias.
Agora para onde a Embraer deveria olhar e concentrar seus esforços???
Num mercado onde poderá se desgastar politicamente e conseguir vender no máximo 50 aeronaves... ou no mercado onde sem desgaste, pelo contrário, consegue vender centenas... fico com a segunda opção e deixo o mercado interno para os canadenses!!!
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