POUSO FORÇADO DA BRIGADA MILITAR EM Sta MARIA

Notícias e artigos retirados da mídia em geral.

Moderador: Moderadores

Regras do fórum
As regras do fórum estão disponíveis CLICANDO AQUI.
PR-WJI
MASTER
MASTER
Mensagens: 6909
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 11:20

Aviao da Brigada Militar pousa de barriga em Sta Maria

Mensagem por PR-WJI »

Um avião da Brigada Militar fez um pouso de emergência na tarde desta quarta-feira em Santa Maria. A aeronave se deslocava de Porto Alegre a Uruguaiana para participar de uma operação. O avião teve problemas para abrir o trem de pouso e aterrissou de barriga, informou o Grupamento Aéreo da BM.

CLICRBS
PR-WJI
MASTER
MASTER
Mensagens: 6909
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 11:20

Re: Aviao da Brigada Militar pousa de barriga em Sta Maria

Mensagem por PR-WJI »

Ao que parece, foi o PP-EIZ, Guapo 05.
rafaelds
PP
PP
Mensagens: 75
Registrado em: Ter Abr 04, 2006 18:37
Localização: SBSJ

Re: Aviao da Brigada Militar pousa de barriga em Sta Maria

Mensagem por rafaelds »

Eu também tinha ouvido falar que era um Ximango, mas agora puseram uma foto na capa da ZH e é um Bonanza, mas não aquele de leme em V - na verdade tem pintura normal de aeronave civil, e a matrícula não dá pra ler.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora ... 834256.xml

edit: pelo pouco que dá pra ler da matrícula na foto, e cruzando as informaçoes com o RAB, creio ser PT-JXO a matrícula da criança.
AeroEntusiasta
Fundador
Fundador
Mensagens: 9464
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 09:00
Localização: Porto Alegre - RS
Contato:

Re: Aviao da Brigada Militar pousa de barriga em Sta Maria

Mensagem por AeroEntusiasta »

Capaz???

Guapo 17 !

Eu estava no aeroporto e vi ele taxiando. Não tive tempo de fotografar. Ele copiou plano para Itaqui.

Decolou por volta das 11:30LT.
ruypilot
PC
PC
Mensagens: 200
Registrado em: Seg Ago 06, 2007 11:02
Localização: São Paulo-SP

POUSO FORÇADO DA BRIGADA MILITAR EM Sta MARIA

Mensagem por ruypilot »

Avião da BM faz pouso forçado em Santa Maria

Apesar da apreensão na viagem entre a Capital e Uruguaiana, os dois tripulantes saíram ilesos

Um pouso forçado de um avião Bonanza da Brigada Militar levou apreensão para a Base Aérea de Santa Maria ontem à tarde. A aeronave seguia de Porto Alegre para Uruguaiana, mas a viagem foi interrompida no município da Região Central. Os dois tripulantes não se feriram.

Um problema no trem de pouso foi percebido pelos pilotos no ar, por meio do painel de controle. Ao chegarem próximo da torre da Base Aérea, pediram apoio visual da equipe em terra e tiveram a confirmação de que uma das rodas não descia.

Embora o problema não representasse alta gravidade, foi organizada uma operação de resgate, com ambulâncias e viaturas. Para gastar o combustível, o avião deu voltas em torno da Base Aérea. O procedimento, que durou cerca de duas horas, é considerado de praxe e serve para diminuir o risco de acidentes na hora do pouso, já numa manobra forçada, isso representa dificuldade maior para os pilotos.

A aterrissagem ocorreu às 17h20min com tranquilidade na cabeceira do lado leste da pista principal do aeroporto. Depois de tocar o chão, a aeronave percorreu poucos metros no solo. Os tripulantes foram retirados do local.

– A operação foi tecnicamente perfeita, diante das condições que se apresentavam – afirmou o comandante regional da Brigada Militar, coronel Silvio Régis Rosa Machado.

Após a aterrissagem, os oficiais da BM receberam atendimento médico na Base Aérea e retornaram a Porto Alegre em outra aeronave. O avião, que não teve grandes estragos, foi retirado da pista.
Sergio de Faria Bica
MASTER
MASTER
Mensagens: 1644
Registrado em: Dom Jun 24, 2007 16:37

Re: Aviao da Brigada Militar pousa de barriga em Sta Maria

Mensagem por Sergio de Faria Bica »

Alguém sabe quantos aviões a Brigada Militar tem atualmente e que modelos ?

Sérgio Bica
AeroEntusiasta
Fundador
Fundador
Mensagens: 9464
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 09:00
Localização: Porto Alegre - RS
Contato:

Re: POUSO FORÇADO DA BRIGADA MILITAR EM Sta MARIA

Mensagem por AeroEntusiasta »

Jornal Zero Hora - 12 de March de 2010

O DIA SEGUINTE DOS PILOTOS

Momentos de tensão no Bonanza

Avião da BM que partiu da Capital em direção a Uruguaiana fez aterrissagem forçada porque o trem de pouso não baixou
A pouco menos de dois minutos de tocar a pista da base Aérea de Santa Maria, quarta-feira, a tripulação do Bonanza PT-JX0 da Brigada Militar, trocou as últimas palavras antes da manobra final.

– Agora vamos para o pouso – disse o capitão Felipe Kothe de Oliveira, 30 anos, piloto da aeronave.

– Bom pouso – devolveu o capitão Luiz Henrique Genro, 41 anos, copiloto.

Depois disso, seguiu-se o silêncio na cabine, só interrompido pelo barulho do motor, que logo seria desligado, e pela ação dos flaps, contendo o ar para reduzir os 180 km/h em que voava o pequeno aparelho. Balanço final da operação: tripulação em terra e a salvo, sem problemas, e um avião com um mínimo de estragos. Até chegar a este final feliz, porém, foram cerca de duas horas e 40 minutos de apreensão e muitos procedimentos para que tudo desse certo, como a equipe recordou ontem à tarde no Grupamento Aéreo da BM, em Porto Alegre.

O primeiro sinal de dificuldade do avião que partiu da Capital por volta das 13h foi percebido na escala de Itaqui, a única prevista até o destino, Uruguaiana. O painel indicava que havia problema com o trem de pouso. Trocada a lâmpada, o indicativo permanecia. Estava travado ou não havia baixado. Começaram os contatos com o coronel Paulo Stocker, comandante do grupamento. E a decisão foi retornar até Santa Maria, com mais recursos, onde toda a ação seria desdobrada. Uma passagem a baixa altitude e próxima da torre de controle da base aérea confirmou que o trem de pouso da asa esquerda não havia baixado. Estava declarada a emergência.

100 minutos para gastar combustível

A opção escolhida foi aterrissar de barriga, evitando os riscos de um pouso desequilibrado, sem uma das rodas. Para tanto seria preciso enfrentar uma sequência de várias providências. O tempo para isso: cerca de uma hora e 40 minutos, o suficiente para o Bonanza se ver livre de quase todo o combustível. Não é pouca coisa. O monomotor a pistão da americana Beech Air Craft, para seis passageiros e com autonomia de cinco horas de voo, carrega 140 litros de combustível em cada asa. Portanto, havia um risco sério de incêndio. A estratégia tinha de levar todos esses detalhes em conta. Sabia-se que iria quebrar. O quanto seria este estrago era a grande dúvida, e para ela todo um aparato devia ser montado.

O capitão Felipe, com mais de mil horas voadas, ficou encarregado do plano de aterrissagem, e ao copiloto Luiz Henrique, mais de 300 horas, coube a checagem dos instrumentos, dos procedimentos de emergência e de algo importantíssimo: ele é quem iria sustentar a porta da asa direita – a saída possível para os dois – aberta, carregar o extintor de incêndio e os documentos do Bonanza. Quando o aparelho parasse, bateria no cinto de segurança e seria o primeiro a deixá-lo rapidamente, liberando a passagem para o piloto. Tudo isso em segundos.

Avião se arrastou por 30 metros até parar

Em terra, a equipe de emergência estava pronta. O Bonanza se aproximou da pista de 2.700m por 45m de largura a 100 km/h e a cerca de meio metro de altura, planando, o capitão Felipe pilotando com a ponta dos dedos, com a sensação de que a batida seria mais forte do que ele esperava, o copiloto achando que tudo daria certo.

Então, veio o barulho da fuselagem se chocando com o asfalto, as fagulhas do atrito e o avião se arrastando por 30 metros, quase em linha reta, até parar. Um cheio forte de queimado e a água espalhada preventivamente pelos bombeiros foi tudo o que restou do susto. Era final de tarde, passava pouco das 17h30min. Tinha sido um bom pouso, e a aeronave iria contabilizar apenas pequenos danos na fuselagem, nos flaps e na hélice.

O atendimento médico registrou a pressão sanguínea de Felipe em 17 x 10 e a de Luiz Henrique em inacreditáveis 13 x 8, como se estivesse no sofá de casa, assistindo a um filme. Isso tem uma explicação: os pilotos são treinados para enfrentar situações como essa. Também são aconselhados a falar pouco sobre os imprevistos do trabalho para não alarmar a família.

Neste caso, como haveria noticiário sobre a aterrissagem forçada, foram instruídos a falar com suas casas. Assim, foi com interferência de ruídos na ligação por celular que Luciane, mulher do capitão Felipe, grávida de três meses e meio, entendeu que o marido tinha padecido de uma dor de barriga, que se transformou logo em seus ouvidos num pouso de barriga para finalmente ela se dar conta do que havia ocorrido e comentar:

– Ah, mas então a coisa foi séria.

Foi. Mas com o melhor desfecho possível.
mauro.toralles@zerohora.com.br

Imagem
Responder